Cerca de 150 assentados dos programas Cédula da Terra e Crédito Fundiário no extremo sul da Bahia estão acampados na sede da Coordenação de Desenvolvimento Agrário da Secretaria estadual da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), no bairro de Ondina, em Salvador, desde a última segunda-feira (24). O grupo, liderado por 13 associações de trabalhadores rurais dos municípios de Itamaraju, Prado e Itabela, entregou uma pauta de reivindicações ao secretário Roberto Muniz e ao coordenador de Desenvolvimento Agrário, Luís Anselmo Pereira de Souza.

Terça-feira (25), foi promovida uma oficina com os representantes de cada associação, onde eles puderam definir as reivindicações prioritárias de cada assentamento. Entre as prioridades, destacam-se melhorias na infraestrutura, escolas, criação de poços tubulares e a renegociação de dívidas com os bancos do Nordeste e Brasil. “Nós estamos ouvindo cada demanda apresentada. O governo, dentro de sua análise, dotação orçamentária e prioridade, vai se empenhar para atender os pleitos”, afirmou Luís Anselmo.

O Programa Cédula da Terra foi criado em 1998 e extinto em 2002, dando origem ao atual Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Atualmente existem, aproximadamente, 268 assentamentos e 9.331 famílias em toda a Bahia. “Em 2007, quando assumimos o governo, encontramos mais de 200 assentamentos em estado de abandono, sem infraestrutura e sem assistência técnica. Temos adotado providências para resolver os problemas”, disse Luís Anselmo.