Os russos querem ampliar parceria com os baianos. Quem garante é George Gurgel, presidente da Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria & Turismo – Seção Bahia, que está convidando os empresários, executivos e lideranças governamentais para o “Seminário Oportunidades de Negócios Bahia-Rússia”, que acontece no dia 3 de setembro, das 17 às 20h, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB (Stiep), com apoio do PromoBahia – Centro Internacional de Negócios. Já está confirmada a participação de representações diplomáticas e empresariais.

O seminário faz parte da programação de eventos que a Câmara está organizando para estreitar as relações comerciais entre a Bahia e a Rússia. Gurgel confirma para setembro a participação da Bahia nas feiras internacionais de alimentos e de turismo que ocorrem na Rússia, além da ida de missão baiana para prospectar oportunidades naquele país, em novembro próximo.

“O comércio bilateral entre a Bahia e a Rússia ainda é incipiente, mas temos muitas oportunidades a explorar para ampliar o intercâmbio”, afirma Ricardo Saback, presidente do PromoBahia, esclarecendo que o comércio bilateral cresceu em média 5,2% ao ano no último qüinqüênio. Deficitária para a Bahia, que importa, em grande escala, nafta, fertilizantes, petroquímicos e borracha, a balança comercial pode ser incrementada pelo estado, que exporta tão somente calçados, café, cravo e fibras têxteis vegetais. Em 2008, o déficit baiano com o país atingiu US$ 14,5 milhões.

Na perspectiva de mudar esta realidade e incrementar o intercâmbio bilateral, a Câmara Brasil Rússia está somando esforços junto com o PromoBahia, a FIEB e o Governo do Estado para ampliar negócios e prospectar novas áreas de interesse mútuo. Segundo Gurgel, “o setor petroquímico tem grande possibilidade de complementaridade das respectivas plantas industriais, bem como nas áreas de gestão empresarial e ambiental”. Os outros setores com boas perspectivas são o de frutas e polpas tropicais, cacau, soja, calçados, serviços de engenharia, construção civil, mineração, rochas ornamentais, pedras semi-preciosas, hotelaria, turismo, esportes, cultura, além de uma atenção especial à ciência e tecnologia.