A 7ª edição do Conversando com sua História, da Fundação Pedro Calmon/Secretaria da Cultura (Secult), traz para a Biblioteca Pública do Estado o historiador Luís Henrique Dias Tavares. Na próxima terça-feira (11), às 17h, o professor abordará a importância para a cultura baiana da Revista Porto de Todos os Santos, criada pelo Departamento de Educação Superior e Cultura (DESC) e considerada documento raro da história da Bahia.

Com aulas gratuitas ministradas por importantes historiadores e pesquisadores, o curso Conversando com sua História, promovido desde 2002 pelo Centro de Memória, unidade da Fundação Pedro Calmon/Secult, tem como objetivo promover a História da Bahia e se estende até o mês de outubro, sempre às terças-feiras. Entre os próximos temas que serão debatidos estão: O trabalho visual de Pierre Verger, O pensamento de Nina Rodrigues, A política de J.J. Seabra e Rui Barbosa, entre outros.

A aula A Revista do DESC (1967-1968) será “uma síntese de cada um dos dois números da Revista Porto de Todos os Santos”, disse Tavares. Segundo ele, a revista nº 2 tornou-se uma raridade, pois com o Ato Institucional nº 5 ela foi toda recolhida.

“Na ocasião, o professor Luís Henrique doará ao Centro de Memória dois exemplares deste documento raro da história da Bahia”, ressalta a diretora do Centro de Memória, Consuelo Novais Sampaio.

O DESC foi criado pelo professor Anísio Teixeira e teve como primeiro presidente o médico e intelectual Heron de Alencar, idealizador da página cultural do jornal A Tarde. Atualmente, as duas publicações da revista são consideradas raridades.

Currículo

Pós-doutor pela University College of London (1985), Tavares é professor emérito da Universidade Federal da Bahia e orientador no Doutorado em Educação da Faculdade de Educação da UFBA. Tavares é também autor de vários livros e artigos.

Dentre as publicações, destacam-se: Da Sedição de 1798 à Revolta de 1824 (2003); O primeiro século do Brasil (1999); Comércio proibido de escravos (1988); e História da Bahia (1959). Durante a década de 60, Tavares foi também diretor do Arquivo Público da Bahia.