O que são os direitos humanos? Quais as políticas públicas para a promoção dos mesmos? A fim de responder perguntas como estas, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) lançou, em Salvador, o livro “Direitos Humanos – 2008: A realidade do país aos 60 anos da Declaração Universal”.

O evento, realizado nesta quarta-feira (5), na Faculdade de Medicina da Ufba, no Terreiro de Jesus, contou com as presenças do ministro Paulo Vannuchi, da SEDH/PR, do governador Jaques Wagner, e do secretário estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino.

A publicação, elaborada pela SEDH/PR, oferece um panorama atual da situação dos direitos humanos no país, ao longo de 285 páginas. Nelas, reportagens, artigos e entrevistas trazem um balanço da realidade e dos programas voltados aos direitos fundamentais no Brasil, além de números e indicadores nacionais. Entre os entrevistados, nomes como Gilberto Gil, Flavio Cappio, Celso Amorim, Clarice Herzog e Paul Singer apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema.

Nos relatos jornalísticos, o livro conta histórias reais de brasileiros dos mais diferentes locais do país. Assim, passeia em diversas searas ligadas ao tema central como direito à alimentação, à comunicação, à moradia e à igualdade racial, abrindo espaço para o depoimento de segmentos vulneráveis e excluídos da sociedade brasileira.

“Ao longo desses 60 anos, a Bahia vem superando problemas. Já andamos muito, mas a caminhada é grande. Parabéns pela coragem intelectual do governo federal com a publicação deste livro. Esta coragem é um exemplo que a Bahia está seguindo”, afirmou o governador.

O Ministro Paulo Vannuchi explicou que o livro é parte das comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “É uma fotografia que o Brasil ainda não tinha tirado e que revela problemas como a pobreza e a desigualdade racial. Mas mostra, também, que existem políticas públicas, ações empresariais e, sobretudo, ações provenientes da sociedade civil. Falar de direitos humanos é falar da Bahia, de sua capacidade de produção cultural. Afinal, cultura também é direitos humanos”, acentuou.

A publicação, gratuita e com tiragem de cinco mil exemplares, já foi lançada em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Parati. Nesta quinta-feira (6), chega a Recife.