Publicada às 13h25
Atualizada às 17h

As duas plantas inauguradas pela Braskem, nesta segunda-feira (17), no Pólo Industrial de Camaçari, reforçam a participação do estado no mercado internacional de exportações. Com aporte de R$ 100 milhões, investidos pela empresa, as unidades irão produzir o Ethyl Tertiary-butil Ether (EBTE), um bioaditivo para a gasolina, produzido a partir de matéria-prima renovável.

Com capacidade produtiva total de 212 mil toneladas anuais, as plantas vão abastecer, sobretudo, o mercado japonês, por meio de um contrato firmado entre a Braskem e a Sojitz Corporation. O acordo prevê a exportação de 120 mil toneladas do produto, ao longo de três anos, movimentando o segmento autossustentável da economia baiana.

“O EBTE é obtido pela combinação entre o etanol e o isobuteno, possibilitando a captura de emissões de monóxido de carbono. A cada tonelada de EBTE, deixamos de emitir 783 quilos de CO2”, explica o presidente da Braskem, Bernardo Gradim, que recebeu o governador Jaques Wagner para a cerimônia oficial de inauguração das plantas.

Para o governador, as novas plantas evidenciam a pujança do Pólo de Camaçari, tido como o maior conjunto industrial integrado da América Latina. Como contrapartida estadual, Wagner assinalou os investimentos em infraestrutura, realizados nas proximidades do Pólo, que vão garantir o desenvolvimento logístico da região.

Porto de Aratu

“Espero bater definitivamente o martelo na duplicação e ampliação do Terminal de Contêiner de Salvador. Além disso, vamos apresentar, provavelmente até a próxima semana, toda a modelagem já pronta, feita pelo BNDS e pelo Banco Mundial, do nosso sistema BA093, fora a Ferrovia que sairá de Camaçari até o Porto de Aratu”, destacou Wagner.

Sobre a ampliação do complexo portuário de Aratu, o governador afirmou que três empresas privadas assinaram o consórcio – Grupo Ultra, Log-In (Companhia Vale do Rio Doce) e a própria Braskem – com a chancela do governo do estado. Segundo Wagner, o projeto será apresentado à Companhia das Docas do Estado (Codeba), ao Ministério dos Portos e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

“Estamos na fase inicial. Agora, começam os estudos de viabilidade técnica e econômica das obras. Uma vez viável, eu vou defender o projeto perante o presidente Lula. Teremos, em aproximadamente 180 dias, tudo preparado para poder fazer a licitação. O estudo de viabilidade econômica vai dizer o tipo de concessão a ser adotada”, ponderou Wagner.