A velocidade não é a única preocupação do Grande Prêmio da Stock Car (GP Bahia). Nesta sexta-feira (7), os pilotos mostraram que o meio ambiente também é importante para o sucesso da corrida.

Para neutralizar o dióxido de carbono, os pilotos, o governador Jaques Wagner e os dirigentes do GP plantaram cerca de 50 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica no Parque de Pituaçu. No total, serão mais de 1,5 mil mudas até outubro deste ano. A Stock Car é a primeira ‘corrida verde’ em 30 anos de história da principal categoria do automobilismo nacional.

O Selo Carbono Zero é uma iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meio do programa Floresta Bahia Global, pioneiro no setor público brasileiro e que visa à recuperação de florestas e à descarbonização do meio ambiente.

Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente, Juliano Matos, a descarbonização é alcançada a partir do cálculo de hectares de floresta plantada, necessário para sequestrar o volume de gás carbônico emitido. Cada hectare de floresta deve conter em média 1.660 árvores, o que equivale a um campo de futebol.

Com base nessa proporção, é possível estimar o número de mudas a serem plantadas e cultivadas para atingir o grau de neutralização proposto. “A iniciativa inédita do governo da Bahia passa a estimular a adoção de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDLs), reduzindo a emissão de gases que provocam o chamado efeito estufa”, explicou o secretário.

Durante a prova serão utilizados pelos 30 pilotos cerca de 20 mil litros de combustível, equivalentes a 45 toneladas de gás carbônico. “Essas mudas servirão para neutralizar a emissão dos gases e minimizar os efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global, além de preservarmos espécies da Mata Atlântica e de recuperarmos áreas do parque que estão degradadas”, afirmou o governador, após plantar uma muda de pau-brasil, árvore símbolo do país e uma das ameaçadas de extinção.

Recuperação

A descarbonização da Stock Car vai recuperar o equivalente a um campo de futebol no Parque Metropolitano de Pituaçu com espécies nativas, como o ipê-amarelo, o pau-brasil e o vinhático.

O espaço é um dos raros parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, totalizando 450 hectares de área preservada, onde já foi catalogada uma diversidade de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.