O estado da Bahia contabiliza, agora, 66 casos confirmados da gripe A (H1N1). A informação é da Coordenação de Vigilância às Emergências em Saúde Pública (Cevesp) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). De 24 de abril a 11 de agosto deste ano, foram considerados como suspeitos 423 casos, sendo confirmados 66 deles. Outros 94 casos foram descartados, 263 estão em investigação e há apenas um óbito confirmado laboratorialmente.

Dos casos confirmados, 53% são do sexo masculino. A idade média é de 27 anos, variando de 11 meses a 55 anos. A maioria dos casos confirmados, 74% é de residentes em Salvador e os outros residentes nas cidades de Lauro de Freitas (4), Cachoeira (3), Ilhéus (2), Porto Seguro, Guanambi, Feira de Santana e Camaçari (1 em cada cidade). Um dos casos confirmados é de uma pessoa residente em Maceió (AL), um em Ribeirão Preto (São Paulo) e outro em Montevidéu, Uruguai.

A Argentina foi o possível local de contaminação para 65% (43 casos), seguido pelo Chile (7), Estados Unidos (2), Uruguai (1) e em viagens dentro do Brasil.

Histórico

A gripe A, conhecida como gripe suína, é uma doença respiratória aguda causada por uma cepa do vírus da influenza A (H1N1). Ele é diferente do H1N1 totalmente humano em circulação nos últimos anos, por conter material genético dos vírus humanos, de aves e suínos, incluindo elementos de vírus suínos da Europa e da Ásia. A partir da identificação dos primeiros casos na Cidade do México, em abril/2009, a doença vem se expandindo ao redor do mundo, assumindo as proporções de uma pandemia.

Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 38°, tosse, dor de garganta, mialgias (dores de cabeça ou no corpo), coriza e espirros frequentes. Eventualmente, também são referidos dor abdominal, náuseas e diarréia. A maioria dos casos é da forma leve e branda e não tem requerido internação hospitalar.

Crianças menores de 2 anos e idosos acima de 60 anos, mulheres grávidas e indivíduos com doenças como diabetes, pneumonias, cardiopatias, hemoglobinopatias, doenças renais crônicas, câncer e em tratamento para Aids ou em uso regular de medicação imunossupressora constituem grupo de risco para complicações pela doença.

Recomendações

Se uma pessoa esteve nos últimos dez dias em países onde o número de casos da doença é elevado, como Estados Unidos, México, Argentina, Chile, e apresentar sintomas, deve procurar atendimento médico, evitando a auto-medicação e não transitando por espaços com aglomerados de pessoas.

No momento, não se dispõe de vacina contra a nova cepa do vírus Influenza A (H1N1) e as medidas de prevenção e controle se restringem a higiene pessoal, em especial a lavagem constante das mãos, com água, sabão e álcool, quando possível, além de se evitar locais fechados e de grande aglomeração de pessoas.

Não há razão, neste momento, para suspensão das atividades escolares em função da infecção por influenza A (H1N1) e a Sesab, de acordo com o Ministério da Saúde, reitera a recomendação de que alunos, funcionários e professores com sintomas de gripe não devem ir à escola.

Essa orientação aplica-se a qualquer época do ano e não apenas para este momento, quando estamos vivendo a ocorrência da gripe A, aplicando-se igualmente a outras doenças como a gripe comum, conjuntivite, diarréia, dentre outras infecções leves transmissíveis.