Dez médicos nefrologistas treinados para implantação do cateter usado por pacientes em diálise peritoneal, nove pacientes com insuficiência renal com cateteres implantados para serem inseridos em programa de diálise peritoneal e mais de 100 profissionais de saúde que atuam na área de nefrologia capacitados em diálise peritoneal.

Estes são os primeiros resultados do 2º Curso Estadual de Diálise Peritoneal, iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado, por meio da Câmara Técnica de Nefrologia. Iniciado na segunda-feira (3), com aulas práticas nos hospitais Geral Roberto Santos (HCRS) e Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), o curso teve continuidade nesta sexta-feira (6), no auditório do HCRS, com aulas teóricas.

Durante a abertura das atividades, o superintendente de Atenção Integral à Saúde da Sesab, Alfredo Boa Sorte, classificou o curso de diálise peritoneal como mais um instrumento para qualificar profissionais de saúde, e disse que o governo investe, “não só na ampliação e melhoria da assistência, mas também em educação permanente”.

Boa Sorte lembrou investimentos que a secretaria tem realizado na descentralização de serviços de média e alta complexidade, incluindo a terapia renal substitutiva, mas que não se pode descuidar da atenção primária. “Com o controle da hipertensão arterial e do diabetes e o acompanhamento pré-natal adequado, evitaremos grande número de problemas de saúde”.

Para o secretário da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Rodrigo Bueno, a iniciativa da Sesab de promover o curso de diálise peritoneal e divulgar esse tipo de terapia renal substitutiva é de grande importância e tem todo o apoio da entidade. “Sentimos dificuldade para atender todos os pacientes que precisam de terapia renal substitutiva e sabemos que a diálise peritoneal é subutilizada”, enfatizou.

Ele informou que, em São Paulo, o tempo médio de espera para um paciente entrar em programa de hemodiálise é, em média, de dois meses, tempo suficiente para ser treinado e entrar em diálise peritoneal.