O comando-geral da Polícia Militar e a União das Associações dos Policiais Militares chegaram a um acordo na noite desta terça-feira (11), e assumiram o compromisso de dar continuidade às negociações para resolver as demandas da categoria. O acordo foi anunciado em entrevista coletiva, no quartel dos Aflitos, com a presença do comandante-geral, coronel Nilton Mascarenhas, soldado Agnaldo Pinto, subtenente Adaílton Leal e major Sílvio Correia, dirigentes da União.

O Governo do Estado garantiu que não haverá sanções administrativas, disciplinares ou criminais aos policiais militares que participaram do movimento chamado “Polícia Legal”. Segundo o coronel Mascarenhas, após 30 dias de negociações, a pauta de reivindicações estruturais está esgotada e a salarial, que necessita de um estudo maios amplo e cauteloso, começa a ser discutida por uma comissão nesta sexta-feira (14). Entre as reivindicações estruturais atendidas estão a entrega de 3.600 novos coletes a prova de balas e o curso para condutores de veículos emergenciais.

Tanto o comandante da PM quanto os líderes da União das Associações destacaram o papel do governador Jaques Wagner ao abrir canais de diálogo para discutir as reivindicações dos policiais militares. O coronel Mascarenhas agradeceu o apoio que lhe foi dado pelo governador nas negociações e a postura de “comandante em chefe” da corporação. “Aqui não há vencidos, nem vencedores. Há pessoas que pensam na instituição e na comunidade”, afirmou o coronel.

“Estamos construindo um novo momento”, declarou o soldado Pinto, sobre as negociações que, segundo ele, levarão a um fortalecimento da PM. “Algumas questões precisam ser tratadas com um tempo maior”, falou o major Correia, sobre o Plano de cargos e Salários, a exigência de nível superior para ingresso do soldado e de carreira jurídica para o oficial. O subtenente Leal destacou a necessidade de elaboração de um plano sem riscos de provocar questões jurídicas para o Estado.