A promoção da igualdade de pessoas com deficiência (PcD) será tema de debate, durante dois dias, por técnicos e instituições que buscam subsídios para elaboração de um plano do Governo da Bahia para articular e fortalecer as ações voltadas à melhoria das condições de trabalho em nosso estado. A oficina será realizada quarta e quinta-feira (2 e 3) e vai reunir grupos de trabalho no auditório da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).

Haverá uma palestra do consultor Romeu Kazumi Sassaki, sobre a inclusão aplicada ao mundo do trabalho. Na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) já existe uma supervisão para cuidar especificamente das políticas de empregabilidade para pessoas com deficiência (PcD).

Lançada em dezembro de 2007, a Agenda Bahia do Trabalho Decente tem oito eixos prioritários. Um deles trata desta questão em pauta. "Na etapa atual, estamos buscando desenvolver planos, bem como identificar as parcerias estratégicas para execução das ações", comenta a coordenadora da Agenda, Patrícia Lima.

Embora existam leis que defendam direitos, cotas e acessibilidade para este público, a mudança de postura na sociedade tem sido gradativa. O Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) tem sido importante agente de transformação dessa realidade, executando, em larga escala, ações de inclusão e capacitação que já beneficiaram dezenas de pessoas com deficiência.

A supervisora Melissa Bahia, uma das participantes do encontro, aponta a falta de acessibilidade como fator que reforça as diferenças. "As dificuldades não envolvem apenas a colocação de elevadores, rampas e a construção de banheiros adaptados. As pessoas com deficiência auditiva, por exemplo, em raras ocasiões tiveram a sua acessibilidade colocada em debate", justifica.