Ao contrário de alguns estados brasileiros, em especial da região Nordeste, que foram afetados pela crise econômica mundial, com o cancelamento e desistências de implantação de novos hotéis, a Bahia não registrou nenhuma baixa de investimentos nos últimos 10 meses.

De acordo com informações da Superintendência de Investimentos da Secretaria de Turismo do Estado (Suinvest), a previsão de aportes de US$ 5,5 bilhões de grupos hoteleiros para a implantação de 23 empreendimentos nos próximos oito anos está mantida.

A superintendente Inez Garrido, informou ainda que ao final deste ano é possível que este número seja acrescido, pois houve alguns anúncios de implantação de novos hotéis nos litorais Sul e Norte da Bahia, feitos por grupos estrangeiros.

Entre estes novos empreendimentos está a construção de um hotel em Porto Seguro e o Camaçari Lagoon, que será financiado por um grupo português. “Assim, eu posso dizer que a crise não afetou tanto, mas posso afirmar que essa turbulência nos fez buscar outros desafios como a diversificação do Turismo”, afirmou Garrido.

Outro importante projeto foi ratificado pelos empresários Dick Blom, da Property Logic, e James Erlacher, do Jumeirah Group, ao secretário de Turismo, Domingos Leonelli, durante reunião na Setur. Trata-se da construção de um resort na Ilha de Cajaíba, em São Francisco do Conde, cujo investimento previsto é de R$ 1,2 bilhão.

O complexo deve ficar pronto em dois anos após o início das obras. “Para isso, as secretarias de Turismo e Meio Ambiente do Estado estão em entendimentos para dar celeridade ao processo de licenciamento ambiental”, informou Leonelli. O empreendimento contará com três hotéis, que possuirão média de 150 apartamentos cada, além de marina e campo de golfe.

Para Dick Blom, a escolha do Brasil foi acertada, uma vez que o país sofreu menos influências negativas com a crise econômica em relação a outros países na Europa e até mesmo da Ásia. “Já a Bahia, que venceu outros concorrentes para abrigar o primeiro empreendimento do grupo no Brasil, foi escolhida por aliar a cultura aos seus aspectos naturais”.