Com o objetivo de promover a produção técnica e científica para a preservação de bens culturais baianos e efetivar a política de educação patrimonial na Bahia, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), órgão da Secretaria Estadual de Cultura, lança mais uma etapa do seu Programa de Educação Patrimonial (PEP), com o  um novo produto: o DVD ‘Percursos Patrimoniais – Centro Histórico de Salvador (CHS)’.

Com 27 minutos de duração e produção inicial de 1,8 mil cópias, o novo DVD do Ipac apresenta o resultado de dois cursos promovidos pelo órgão com o arquiteto e professor de Arquitetura do Brasil da Escola de Arquitetura da Ufba, Francisco Soares Senna, realizados em outubro de 2008. Os cursos contaram com a participação de 14 instituições públicas e privadas com sedes no CHS e tratou da história da implantação da capital baiana, considerando aspectos arquitetônicos, urbanísticos, antropológicos, sociológicos e históricos, do século 16 ao 21.

A intenção é municiar de informações especializadas os participantes dos cursos para provocar a conscientização e o compromisso participativo desses agentes para a preservação do CHS. “O compromisso – seja do cidadão residente ou do trabalhador – para com essa grande herança da arquitetura colonial-barroca europeia em Salvador é uma das ações mais importantes para a preservação do Patrimônio”, explica o diretor-geral do Ipac, Frederico Mendonça.

Para ele, uma das melhores formas de educar é o exemplo e lembra que, atualmente, o Governo da Bahia, em parceria com o governo federal, investe cerca de R$ 20 milhões em obras de restauração de imóveis, monumentos e iluminação no CHS. “Mas, não adianta os investimentos, se o cidadão, o residente e o frequentador do Pelourinho não entender que a preservação é um compromisso de cada um de nós”, explica Mendonça.

O DVD contribui, ainda, para as diretrizes do ‘Plano de Requalificação do Centro Antigo de Salvador’, coordenado pelo ER-CAS (Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador), instância pública criada pelo Governo do Estado, com participação de quatro ministérios do governo federal, seis secretarias estaduais, além de órgãos e secretarias da Prefeitura. “Em julho de 2008 as Câmaras Temáticas do ER-CAS já recomendavam a realização de atividades de educação patrimonial”, diz o diretor do Ipac. Nas recomendações incluíam-se ações que estimulassem ‘sentimentos positivos relacionados à história da cidade e do nosso povo resgatando monumentos e relíquia culturais’.

Política pública

Segundo Mendonça, em dois anos e meio da atual gestão, cerca de 200 municípios receberam ações de salvaguarda de bens culturais do Ipac, com orientações técnicas, tombamentos e registros, exposições e seminários, além de obras de restauração que somam R$ 50 milhões em todo o Estado. “A Política de Patrimônio inclui, igualmente, o lançamento inédito de três editais no valor de R$ 2 milhões para atender 22 projetos, cujas inscrições ficam abertas até próximo dia 30 de setembro”, ressalta Mendonça.

O vídeo ‘Percursos Patrimoniais’ contou com direção de Mateus Torres, roteiro de Frederico Mendonça, imagem e edição de Marcos Fiais, e foi todo feito na área do CHS. Dentre as instituições que participaram dos cursos estão a Sesp, Funceb, Ufba, SET, Conder, Sepromi, Secult, Pelourinho Digital, Sigtur, Polícia Militar da Bahia, Comunidade da Vila Nova Esperança, SSP, Seab e Associação de Moradores e Amigos do CHS.

Mais informações são obtidas na Gepel/Ipac, através dos (71) 3116-6741 e 9977-5562, ou no site www.ipac.ba.gov.br.