O I Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Superior: Limites, Avanços e Desafios, que termina nesta quarta-feira (30), na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), está discutindo propostas pedagógicas para a inclusão de portadores de deficiência e provocando a reflexão e a transformação do projeto acadêmico-institucional quanto à política de inclusão.

O evento é organizado pela Comissão de Estudos para Política de Inclusão do Curso de Enfermagem da Uefs. A presidente da comissão, professora mestre Rosângela Barros de Andrade, lembra que a discussão do assunto foi motivada por um acidente automobilístico que deixou paraplégico um estudante do 7º semestre do curso de Enfermagem. “Inicialmente, pensávamos em resolver aquele caso específico ou apenas implementar uma política de acessibilidade para os cursos na área de saúde. Depois, a nossa comissão percebeu que a educação na universidade é que deve ser inclusiva e, por isso, ampliamos a discussão para todo o campus”, explicou Barros.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Apoio à Inclusão da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), professora Maria do Carmo Menicucci, mestre em Educação Especial, grande parte dos avanços na área de inclusão social é mérito das pessoas com deficiência que vêm lutando ao logo dos anos para fazer valer o que está previsto na legislação.

A conferencista também lembrou que, ao logo dos anos, a educação inclusiva deixou de ser vista como um sistema paralelo de educação para ser integrado ao sistema educacional brasileiro.