Publicada às 14h20

Atualizada às 16h20

A reconstrução do Estádio Otávio Mangabeira, a Fonte Nova, foi o tema que deu início, nesta quinta-feira (3), a um ciclo de debates promovido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea-BA). Reunidos no auditório da entidade, engenheiros, arquitetos e estudantes da área discutiram o detalhamento do projeto, apresentado pelo secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado, Nilton Vasconcelos, e pelo arquiteto responsável, Marc Duwe.

O objetivo do encontro é a formulação de sugestões a serem protocoladas dentro da consulta pública do projeto, aberta até o dia 9 deste mês, no site www.setre.ba.gov.br/consultapublica. “Nossa intenção é participar e contribuir com alternativas ao projeto inicial para, então, elaborarmos um documento público oficial”, afirmou o presidente do Crea-BA, Jonas Dantas, ressaltando que o evento, de maneira ampla, visa avaliar as intervenções urbanas previstas para Salvador diante da Copa de 2014.

O secretário Nilton Vasconcelos afirmou que todas as sugestões e críticas devidamente protocoladas serão respondidas pela equipe de técnicos estaduais até o dia 21 deste mês, quando será aberto o edital de licitação pública. A empresa privada executora do projeto será conhecida em dezembro deste ano e, até 28 de fevereiro de 2010, a Setre divulgará todo o cronograma de obras.

“Há sempre questionamentos resultantes do processo democrático que estabelecemos para discutir o projeto. Diante da escassez de tempo, estamos ainda finalizando alguns pontos como a relação de bens reversíveis e a expectativa de receita a ser gerada. Mas a iniciativa está caminhando e a passos largos”, destacou Vasconcelos.

Demolição e reconstrução

O arquiteto responsável pelo projeto, Marc Duwe, explicou que a necessidade de demolição do estádio nasceu a partir das recomendações exigidas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). “Devemos retirar a pista de atletismo, garantir um padrão de visibilidade do campo, entre outras recomendações que tornaram a atual geometria do estádio incompatível”.

Duwe garantiu que o processo de demolição não encarece a execução do projeto, inicialmente orçado em R$ 550 milhões. “Mais se gastaria com os complexos estudos de recuperação e manutenção do que com a construção de uma nova estrutura”, enfatizou.

Sobre o material resultante da implosão da atual Fonte Nova, o arquiteto informou que uma parte dos detritos será reutilizada na própria construção do novo projeto, em platôs da área externa. Outra parte, reciclada na mistura de concreto e em outras obras da cidade.

No total, serão 124 mil metros quadrados de área construída, em dez níveis, com espaço para 50 mil lugares. “Na última reunião com a Fifa, há duas semanas, o projeto foi bastante elogiado em todos s seus aspectos, físicos, estruturais, ambientais”, disse Duwe.