Seguindo o exemplo do Governo do Estado, a Câmara de Vereadores de Salvador deflagrou, nesta terça-feira (22), em audiência pública, uma discussão que pode criar uma política municipal de Fomento à Economia Solidária. A política contribuirá com o desenvolvimento de um ambiente sócioeconômico livre e justo para geração de oportunidades de trabalho decente e fomentará a constituição, consolidação e expansão de empreendimentos e redes desta natureza na capital.

Representando o secretário Nilton Vasconcelos, o superintendente de Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Helbeth Oliva, fez questão de destacar que a existência de uma Superintendência de Economia Solidária, de âmbito estadual, não exime o município da responsabilidade de criar uma política pública para atender as demandas da cidade.

“Para que aconteça de fato uma política municipal de Economia Solidária, é necessário o envolvimento e comprometimento de todas as áreas, de forma transversal. Temos que inverter as pautas de prioridades e atender, de fato, aos interesses dos que mais necessitam das nossas políticas públicas”, declarou.

Helbeth Oliva elencou as ações da Setre em prol do movimento de Economia Solidária, citando a criação do Centro Público-Cesol, no Comércio, enquanto as orientações jurídicas, administrativas e contábeis foram pontuadas pela representante do Fórum Baiano de Economia Solidária (FBES), Magda de Almeida.

“Temos que falar, também, das nossas conquistas embora tenhamos muito o que conquistar. Mas hoje, por meio do Cesol, já temos um espaço próprio para comercializar os nossos produtos e isso é um avanço”, afirmou Magda. Para ela, hoje é possível se obter qualificação com os cursos que são oferecidos e fortalecer o movimento. “As iniciativas do Governo do Estado deveriam servir de modelo para o município”, concluiu.