Publicada às 11h40
Atualizada às 14h30

Professores, alunos, representantes do poder público e de entidades educativas estão reunidos, até esta quinta-feira (22), no Hotel Portobello, em Salvador, para o “Fórum Trabalho, Educação e Desenvolvimento: Desafios e Perspectivas da Educação Profissional”. Iniciado nesta terça-feira (20), com a participação do governador Jaques Wagner, o evento é promovido pela Secretaria de Educação do Estado e visa discutir as políticas públicas em prol do aprimoramento e da expansão do ensino profissionalizante na Bahia.

As discussões promovidas durante os três dias do encontro estão vinculadas à implantação do Plano de Educação Profissional, que visa a estruturação de uma rede física e pedagógica de ensino profissionalizante, na Bahia. Entre os assuntos a serem debatidos está a gestão, financiamento e regulação da educação profissional, bem como a formação de professores, técnicos e gestores da área.

Segundo o representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), José Ribeiro, os investimentos nesta área de ensino deixam a Bahia alinhada à tendência nacional de capacitação profissional. “No Brasil, 80% dos novos postos de trabalho criados exigem o ensino médio completo, com algum artefato adquirido na educação profissional. Além disso, este segmento é responsável pelo aumento de até 30% nos salários”, comentou.

Descentralização do ensino profissionalizante

No caso específico da Bahia, Ribeiro destaca, além do aumento da oferta de vagas, a descentralização da educação profissionalizante. “O Estado está conseguindo levar para todos os bolsões a oportunidade do ensino profissional, que sempre foi concentrado na Região Metropolitana de Salvador. Assim, contribui com mais emprego e desenvolvimento no interior”.

Visto como uma ferramenta fundamental para preparar os jovens de baixo poder aquisitivo para o mundo do trabalho, o ensino profissionalizante está crescendo, justamente, rumo ao interior baiano. Atualmente, o número de unidades profissionais dobrou, chegando a 58 em 38 municípios, com a implantação de 28 mil novas vagas, além da construção de 27 Centros Territoriais.

“A Bahia é muito grande. Não podemos governar com olhos somente para a capital e região metropolitana. Parte de nossa juventude quer continuar trabalhando onde vive, onde mora. Portanto, estamos vendo o potencial de cada região e investindo em educação profissionalizante para reforçar as necessidades regionais”, ressaltou Wagner.

A descentralização do ensino foi confirmada, também, pelo secretário de Educação, Osvaldo Barreto. De acordo com ele, a Bahia terá 42 mil estudantes na educação profissionalizante, em 2010. “Um número dez vezes maior do que em 2006. Um avanço muito grande”, disse.