Como parte do projeto A Arte de Contar História, que propõe reinterpretar a história e a cultura da Bahia, sob o ponto de vista de intelectuais, artistas e representantes legítimos da sociedade baiana, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) realiza, nesta quarta-feira (7), às 8h30, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), na Paralela, videoconferência com o tema “A Saga de Canudos”.

Voltada para estudantes, professores, coordenadores pedagógicos e diretores da rede estadual de ensino, a conferência será transmitida por meio das telessalas das Diretorias Regionais de Educação (Direc) e objetiva promover a preservação e a difusão da história de Canudos, contribuir para o esclarecimento dos acontecimentos históricos e culturais da Bahia e dos sertanejos, além de celebrar a memória de personagens históricos baianos.

No evento vão estar presentes, o músico Tonho Matéria, que fará a abertura musical, Sérgio Guerra, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Washington Queiroz, do Conselho de Cultura, Lina Aras, da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Antônio Olavo, coordenador do site Portfolium.

Canudos

Fundada em junho de 1893, em plena caatinga baiana, às margens do rio Várzea-Barris, Canudos foi um oásis de esperança e de fé no sertão nordestino, em um período em que a seca e a fome afligia o sertanejo, somado aos abusos e desmandos dos coronéis que se julgavam os donos das terras e dos homens que nelas sobreviviam.

O Arraial de Canudos, sob o comando de seu fundador, Antônio Conselheiro, atraiu milhares de pessoas e se tornou a segunda maior cidade da Bahia, com aproximadamente 25 mil habitantes.

Contudo, o seu crescimento, despertou a insatisfação da elite e do governo, que enviou ao povoado expedições militares, para extinguir os seus ideais, resultando na mais sangrenta batalha da história brasileira, que perdurou por cerca de um ano, até que, no dia 5 de outubro de 1897, a lendária Canudos foi destruída, mas sem a rendição das tropas de Conselheiro, que lutaram até que não mais restasse pedra sobre pedra.