Moradores da comunidade de Lobato tiveram uma manhã de reflexão sobre direitos humanos e sobre a arte de conviver e tratar bem as pessoas, durante a palestra "O que é direito? E o que é Humano?", ministrada nesta segunda-feira (19) pela educadora multidisciplinar Jô Brasil, servidora do Centro de Educação em Direitos Humanos e Assuntos Penais J. J Calmon de Passos (Cedhap). Ao todo, 25 pessoas interagiram sobre a importância do respeito entre os semelhantes para a melhoria da qualidade de vida dos que integram uma comunidade.

O diálogo foi possível graças a uma parceria entre o Núcleo de Direitos Humanos (Nudh) da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) e o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que funcionam na avenida Afrânio Peixoto, nº 384, Suburbana. Criado em 2008, o Núcleo do Lobato atendeu até o momento mais de 1.200 pessoas.

Durante a palestra, Jô Brasil incentivou a aproximação entre os moradores do Lobato, a partir de dinâmicas em grupo e mensagens de reflexão para promover a autoestima das pessoas. “Ninguém pode convencer ninguém a mudar, porque a maçaneta da porta só abre pelo lado de dentro, o processo de mudança começa em nós mesmos”, disse Jô Brasil ao relatar a importância de sermos exemplares para ajudar a transformar e a melhorar as pessoas próximas.

Aprovação 

A palestra foi classificada, pelos participantes, como um espaço para compartilhar experiências com outras pessoas, oportunidade de valorizar mais a si próprio e de abrir a mente para novos conhecimentos. “Eu estou aqui para levar esse conhecimento para a minha família”, disse o morador Aristides Jorge de Araújo, que frequentou a palestra no Nudh Lobato pela primeira vez. “A palestra fez com que eu olhasse bem para o meu eu e desse mais valor a mim mesma”, disse emocionada a moradora Jamile Figueiredo, que procurou o Cras em busca de atendimento de um psicólogo.

Segundo Jô Brasil, as comunidades, por si só, já têm seu modo de convivência próprio e a palestra veio maximinizar a necessidade de criar a rede humana para que eles pudessem se sentir parte de um todo. Ela também acredita que iniciativas como essas podem ajudar às pessoas a despertarem para a necessidade da valorização do indivíduo.

“Estamos trabalhando as pessoas para que elas aprendam a respeitar o ser humano com todas as suas qualidades e defeitos”, ressaltou a coordenadora do núcleo, Ana Paula Brígido Holanda, ao anunciar que a próxima atividade confirmada é a palestra sobre os direitos das pessoas com deficiência, a ser ministrada pelo coordenador executivo dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Alexandre Baroni, no dia 26 deste mês.