O Curso de Capacitação em Mudança do Clima, que está sendo realizado nestas quinta e sexta-feira (22 e 23), no auditório da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), no CAB, vai tratar, entre outros assuntos, do aumento do transporte coletivo com a diminuição de automóveis nas ruas, o reflorestamento de áreas degradadas e o uso de energias limpas (eólicas e solares) como algumas das alternativas viáveis para minimizar a emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) na atmosfera nos próximo anos.

O curso vai capacitar mais de 40 membros do Fórum Baiano de Mudanças Climáticas e do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram), além do grupo de trabalho que colaborou na construção da minuta da lei baiana de Mudanças Climáticas. O evento vai difundir ainda informações sobre o que está acontecendo com o clima no mundo, no Brasil e na Bahia.

A abertura oficial do evento foi realizada nesta quarta-feira (21), com uma palestra do doutor em física e mestre em Engenharia Nuclear, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa.

Pinguelli fez previsões de um futuro complicado, caso não haja a diminuição de gases poluentes nas próximas décadas. “As mudanças do clima ocorrem em todo o mundo. O derretimento do gelo dos polos vai aumentar o nível do mar, acarretando na perda de áreas litorâneas em um prazo de 50 a 100 anos”, advertiu.

De acordo com o professor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Marcos Sanches, as pessoas têm que se preparar para as mudanças climáticas. “Todas as concentrações atmosféricas dos gases de efeito estufa (GEE) vêm aumentando, tornando o aquecimento futuro inequívoco”.

O representante do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação em Engenharia, Alberto Vilela, avaliou os impactos causados pela emissão de gases de efeito estufa. “É provável que ocorra daqui a alguns anos a elevação do nível do mar na região costeira, comprometendo a beira-mar. A região do semiárido ficará mais seca e boa parte da Amazônia secará, podendo virar savana”, concluiu Vilela.