Para captar as principais demandas femininas em relação aos mananciais das áreas onde vivem, o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) convida as mulheres de toda a Bahia a participar do quinto evento da série Encontros Pelas Águas, que acontece nesta sexta-feira e no sábado (13 e 14), no município de Rio de Contas, na região da Chapada Diamantina.

A abertura do evento será às 19h de sexta-feira, no Clube Rio Contense (Rua Rodolfo Abreu, número 31 – Centro). A programação prossegue no dia 14, das 8 às 18h, no Colégio Estadual Carlos Souto, situado à rua Professor Francisco José Santana, no bairro do Sossego.

Na ocasião, as mulheres discutirão a situação dos mananciais existentes em suas comunidades a partir dos eixos Água e Políticas Públicas, Controle Social e as Instâncias de Participação, Água como Direito Humano e Ambiental, Fundo Estadual de Recursos Hídricos e Revisão do Plano Estadual de Bacia Hidrográfica.

As proposições geradas em plenária darão origem à 2ª Carta Pelas Águas, documento que será entregue ao governador Jaques Wagner, como resultado da contribuição de diversos segmentos da Bahia para a construção de políticas públicas participativas voltadas à gestão das águas.

O evento será a oportunidade de socializar os avanços conquistados pelo Ingá na perspectiva da inclusão de setores sociais historicamente excluídos (comunidades de terreiro, pescadores, marisqueiras, gerazeiros, quilombolas, povos indígenas e de fundo de pasto), uma ação que tem nos Encontros Pelas Águas um dos exemplos mais significativos.

Encontro Pelas Águas 

Para o diretor-geral do Ingá, Julio Rocha, a realização dos Encontros Pelas Águas com o segmento de mulheres significa associar a promoção da igualdade de gênero à luta por um ambiente equilibrado para as futuras gerações. “As mulheres imprimem um viés humano em tudo o que fazem e na área ambiental não é diferente. Por assumirem uma diversidade cada vez maior em suas tarefas, elas desenvolvem um conhecimento sobre os problemas ambientais muito mais sistêmico e inclusivo”, ressalta.

Rocha diz que, ao captar as aspirações das mulheres em relação às águas, o evento será a oportunidade de reafirmar o protagonismo feminino na conquista por espaços cada vez maiores de participação social. “Estejam na área urbana ou rural, é importante que todas as mulheres assumam o desafio de protestar e de agir contra as condições de degradação do uso das águas, já que têm se lançado com um ímpeto cada vez maior na busca pela ampliação dos seus direitos sociais”, enfatiza.