O Neojibá (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) recebeu nesta terça-feira (10) a visita da cônsul-geral da República Bolivariana da Venezuela em Recife, Coromoto Godoy Calderón, na companhia da vice-cônsul Maria Dolores Mani. Elas foram acompanhadas pelo diretor-fundador do projeto, o maestro Ricardo Castro, pelo secretário estadual de Cultura, Márcio Meirelles, e pelo representante da Câmara de Comércio Brasil/Venezuela de Salvador, Gilmar de Araújo.

Na visita, a cônsul fez a entrega de um cheque de R$ 13 mil, metade de uma doação que será repassada na íntegra até o início de 2010. Esse montante vai ser revertido em material para o primeiro ateliê de luthieria do Neojibá. A luthieria é a arte de fabricar e reformar instrumentos e o projeto já está preparando jovens músicos aprendizes para seguirem nesse ofício.

Além da entrega do cheque, a cônsul anunciou uma futura parceria que vai disponibilizar cursos de Espanhol para os integrantes das orquestras. E os estudantes de luthieria foram convidados para participar de estágio na Venezuela, nas oficinas do Fesnojiv, projeto no qual a criação do Neojibá foi inspirada.

Para Meirelles, estreitar a relação com um país como a Venezuela é um caminho para se comunicar cada vez mais com a América Latina.

Castro destacou a importância de uma doação feita por um país vizinho, aproveitando a oportunidade para apresentar aos visitantes a Orquestra Castro Alves (OCA), batizada esta semana com o nome do poeta baiano que executou algumas peças do seu repertório, assim como a Orquestra Juvenil 2 de Julho (J2J), formada por jovens de 11 a 25 anos, encerrando o encontro com música.