Após o Concerto Especial de Finados, no último domingo (1º), na Reitoria, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e o Madrigal da UFBA voltam a apresentar, nesta quarta-feira (4), sob a regência do maestro Host Schwebel, a Missa de Réquiem pro defunctis, do compositor François-Joseph Gossec (1734-1829). Além da orquestra e coro, os concertos terão como solistas convidados Marilda Costa (soprano), Tânia Barros (mezzo soprano), Sandro Machado (tenor) e Moisés Téssalo (baixo–SP). O concerto acontece na Sala Principal do Teatro Castro Alves, às 20h, com ingressos (inteira) a R$ 20.

Gossec compôs música de câmara, sinfonias, óperas e ballets. Considerado o pai da sinfonia francesa, a obra que o tornou famoso aos 25 anos, em toda a Europa, foi o seu Réquiem de grandes dimensões, datado de 1760. O concerto é uma realização da Escola de Música da UFBA e Teatro Castro Alves com apoio da Secretaria de Cultura e Fundação Cultural do Estado da Bahia.

O nome Réquiem vem da primeira palavra do introito da missa pelos mortos da igreja católica romana (réquiem aeternam dona eis, Domine – Dai-lhes repouso eterno, Senhor). No séculos 17 e 18 foram compostos centenas de réquiens, muitos deles para ocasiões solenes e especiais. Compositores do século 19 e 20 também acrescentaram obras notáveis ao gênero musical.

O regente Host SchwebeL

Nasceu na Alemanha e fez seus estudos musicais na Escola Superior de Música de Karlsruhe. Antes de chegar ao Brasil, exerceu suas primeiras atividades profissionais nas orquestras de Bad Hersfeld e na Sinfônica de Hamburgo. Em 1958 foi contratado para o corpo docente dos então “Seminários Livres de Música”, como professor de trompete e 1º trompete da Orquestra Sinfônica da UFBA. Em 1980 criou a Banda Sinfônica da UFBA. Exerceu, de 2005 a 2009 a Direção da Escola de Música da UFBA. Atualmente, é regente do Coral Universitário, do Canto Coral e da Banda Sinfônica.

François-Joseph Gossec (1734-1829)

Nasceu em Vernies (Bélgica). Como muitos outros compositores, teve a sua primeira experiência musical como menino-cantor na Catedral da Antuérpia. Estudou violino, piano, harmonia e composição. Em Paris, onde chegou em 1751, Gossec contribuiu com inúmeras obras para as comemorações cívicas da revolução francesa. Também é de sua autoria a primeira harmonização e instrumentação do “Canto de guerra do exército do Reno”, mais tarde conhecida como Marselhesa.