Em homenagem ao Ano da França no Brasil, a TVE Bahia exibe, neste fim de semana, o Programa de Cinema Francês, apresentando três importantes produções da cinematografia francesa, Orfeu Negro, nesta sexta-feira (13), às 21h30, Cyrano de Bergerac, no sábado (14), às 21 horas, e Carrossel de Esperança, domingo (15), a partir das 23h15.

Orfeu Negro, produção do premiado cineasta francês Marcel Camus que conta uma trágica história de amor, completa este ano cinco décadas de lançamento. O filme é a versão para as telas da peça teatral Orfeu da Conceição, do poeta e escritor brasileiro Vinícius de Morais, e apresenta o mito grego de Orfeu e Eurídice ambientado nos morros do Rio de Janeiro durante o Carnaval.

Consagrado no mundo inteiro, tendo recebido muitos prêmios, incluindo a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o filme é também considerado um dos marcos fundadores da bossa nova. A trilha sonora, assinada por Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Luiz Bonfá e Antonio Maria, traz clássicos do gênero como A Felicidade, Manhã de Carnaval e O Nosso Amor.

Rodado na Hungria e na França, Cyrano de Bergerac (1990), em cartaz no sábado, também é uma adaptação de uma peça de teatro, escrita por Edmond Rostand, com direção Jean-Paul Rappeneau. Em cena, as aventuras do cavaleiro e poeta Cyrano, que se apaixona por sua prima Roxane, mas mantém esse amor em segredo ao sentir-se desfavorecido devido à sua aparência física, já que possui um enorme nariz.

No domingo, às 23h15, é a vez de conferir Carrossel da Esperança, de Jacques Tati. O filme mostra uma feira que, uma vez por ano, traz atrações como um cinema ambulante para o pequeno vilarejo de Sainte-Sévère, no interior da França. Em uma das sessões, François, o carteiro do local, assiste à projeção de um documentário sobre o serviço postal norte-americano e decide colocar o método em prática para fazer o correio chegar mais rápido.

Montado em sua bicicleta, o carteiro se lança pelo campo com vigor. Passa carros, gira em torno de uma vaca, encontra uma cabra ignorante, uma abelha irritante e um incontável número de copos de vinho branco que se interpõem em seu caminho.

Tati pretendia que Carrossel da Esperança fosse a cores, mas, por segurança, também o filmou em P&B, cópia que chegou aos cinemas. Em 1964, o diretor acrescentou novas sequências, da mesma forma que coloriu imagens à mão. O azul, branco e vermelho da França surgem quando as imagens que desenha no papel interagem com as que Tati projeta na tela.

Carrossel da Esperança marca a comunhão entre diretor, público e personagens. O filme recebeu o prêmio de Melhor Cenário do Festival de Veneza, 1949 e Grande Prêmio do Cinema Francês, 1953.