O comércio varejista da Bahia apresentou, em setembro, expansão de 7,0% no volume de vendas em comparação com igual mês de 2008. Setembro foi o nono mês consecutivo em que o comércio baiano apresentou resultado positivo este ano. Em comparação com agosto, mês imediatamente anterior ao pesquisado, a variação foi de 1,4%. No acumulado dos nove primeiros meses de 2009, em comparação com o mesmo período de 2008, a expansão é de 5,5%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.

No Brasil, a taxa de crescimento de setembro, em relação ao mesmo mês de 2008, ficou em torno de 5,0%. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a expansão foi de 0,3%. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, a taxa ficou em 4,7%.

Dos oito ramos de atividade que compõem o indicador do varejo, cinco apresentaram variações positivas em relação a igual mês de 2008. O principal aumento no Volume de Vendas coube aos segmentos de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (37,1%). Os bons resultados do ramo desde o início do ano, levaram-no a acumular variação de 37,5%.

O crescimento das vendas pode ser explicado pela grande variedade de artigos encontrados nas diversas lojas do segmento, dentre as quais se destacam as que comercializam artigos esportivos, jóias, material ótico e fotográfico e também as lojas de departamento.

Em seguida, o destaque foi o ramo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,3%), acumulando incremento de 8,3% no ano – enquanto que no subgrupo de Hiperrmercados e supermercados a variação foi de 8,7% e o acumulado foi de 7,2%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceu 7,9%, influenciado pela expansão das vendas no segmento de perfumarias e cosméticos, pois com a melhoria dos seus rendimentos, parcela expressiva da população passou a consumir em maior quantidade esses produtos. Além disso, os medicamentos genéricos, encontrados em grande quantidade e a menor preço, têm facilitado o acesso da parcela de menor poder aquisitivo a medicamentos. Em seguida, ficou Móveis e eletrodomésticos (5,7%).

Após oito meses seguidos, neste ano, apresentando variações negativas, em setembro, a pesquisa apurou crescimento de 2,4% nas vendas do ramo de Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação. Por outro lado, o segmento de Tecidos, vestuário e calçados manteve variação negativa (-1,5%).

Desde janeiro de 2009 que esse ramo vem em constantes resultados negativos, acumulando variação de -3,0% no ano. O segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, que por longo período vinha apresentando expressivas taxas de expansão nas vendas, em setembro, recuou 12,2%. Mas, no acumulado do período janeiro-setembro, a taxa situou-se em 13,9%. Também, o ramo de Combustíveis e lubrificantes apresentou queda (-1,9%).

Nos segmentos que não compõem o indicador do varejo, mas são investigados pela PMC, o segmento de Automóveis, motos, partes e peças teve a taxa de crescimento mais relevante do ano (25,7%), acumulando expansão de 7,6% até setembro. O ramo de Material de Construção apresentou desempenho negativo (-6,7%).