Publicada às 11h40

Corrigida às 12h50

Com a retomada da produção industrial e o crescimento das vendas de manufaturados, as exportações baianas atingiram em outubro US$ 773,6 milhões, o maior valor mensal obtido este ano. O valor representa um crescimento de 6% em relação a setembro e de 6,04% em relação a outubro de 2008. Esses números foram divulgados nesta quinta-feira (12) pelo PromoBahia – Centro Internacional de Negócios, vinculado à Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Mineração.

Segundo dados do PromoBahia, com o dólar barato e a economia ganhando fôlego, as importações também bateram o recorde mensal do ano em outubro, somando US$ 490,6 milhões – acréscimo de 1,06% sobre setembro.

O gerente de Inteligência Comercial do PromoBahia, Arthur Souza Cruz, explicou que, nesse cenário de recuperação, a indústria, que sofre para exportar com o real valorizado, aproveitou o câmbio para elevar as importações de insumos para atender à demanda maior. Argentina, Chile e China foram os principais mercados exportadores para a Bahia.

De janeiro a outubro deste ano, as exportações baianas ainda acusam uma redução de 24,6% em relação a igual período de 2008. Souza Cruz disse que, apesar dessa redução, que diminuiu a corrente de comércio, no acumulado do ano, o saldo recuou apenas 2,2%. Nesse período, as exportações chegaram a US$ 5,8 bilhões e as importações a US$ 3,8 bilhões, com um saldo de US$ 2 bilhões.

Técnicos do PromoBahia afirmaram que, se o aumento da produção industrial do estado está diretamente ligado à dinâmica do mercado interno, a recuperação da economia internacional, principalmente da América Latina, estimulou a demanda por produtos manufaturados, como os químicos (+28,6%), automóveis (+9%) e combustíveis (+190,6%). Em outubro, a Bahia registrou um aumento significativo de 58% nas vendas para países vizinhos latinos, que consomem mais industrializados, ao contrário da China, que compra mais commodities.

A China continua como principal mercado para as exportações baianas, principalmente de soja, celulose e petroquímicos. No acumulado do ano, o país registra um incremento de 78,1% em compras de produtos do estado.