No mês de setembro, a produção da indústria baiana apresentou crescimento de 0,2% em relação a taxa de 5,7% registrada em agosto, mantendo-se estável. Já na comparação com setembro de 2008, a produção recuou 4,8%, a terceira taxa negativa seguida no indicador mensal.

Nas duas comparações, a Bahia segue a tendência nacional. A produção da indústria brasileira cresceu 0,8% ante o mês de agosto e recuou 7,8% ante setembro de 2008, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado.

Na Bahia, o resultado de setembro frente ao mesmo mês de 2008 foi influenciado negativamente por seis das nove atividades pesquisadas, com destaque para produtos químicos (-7,8%), seguidos de metalurgia básica (-12,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,2%), devido, respectivamente, ao recuo na produção de uréia e polietileno, vergalhão de cobre e lingote de aço, gasolina e nafta para petroquímicas.

Em sentido contrário, as maiores influências positivas foram observadas em celulose e papel (3,3%) e minerais não metálicos (9,9%). Na análise trimestral, a indústria baiana apresentou quatro trimestres seguidos de retração, mas registrou no terceiro trimestre (-6,8%), redução no ritmo de queda em relação ao resultado do segundo (-10,3%).

Entre esses dois períodos, os maiores crescimentos vieram de refino de petróleo e produção de álcool, que passou de -42,7% para -9,1%, e de alimentos e bebidas (de -6,4% para -0,5%). As maiores retrações, de produtos químicos, cuja taxa passou de 8,9% para -7,0%, e de celulose e papel (de 2,2% para -5,0%).

No acumulado janeiro-setembro, a indústria baiana recuou 9,0%, com taxas negativas em sete dos nove setores fabris. Refino de petróleo e produção de álcool (-20,0%), produtos químicos (-6,3%) e metalurgia básica (-20,1%) foram os que mais contribuíram para o resultado negativo. As contribuições positivas vieram dos segmentos de alimentos e bebidas (1,7%) e minerais não-metálicos (8,0%).