Estudantes da rede estadual se destacam em Olimpíada de Química

Criar novos produtos sem agredir o meio ambiente. Este é o sonho do futuro químico Juraci Pereira, estudante do 3º ano, do Colégio Estadual Luiz Pinto de Carvalho, um dos que se destacou na Olimpíada Baiana de Química e recebeu, esta semana, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), um notebook como premiação.

“Atividades como esta são motivadoras, tanto para mim quanto para os colegas, pois, ao participarmos, vimos que temos potencial e as pessoas nos olham com mais respeito”, declarou Juraci, que planeja seu futuro acadêmico e profissional acreditando que irá contribuir para o desenvolvimento da sociedade.

A melhora da autoestima do estudante e a credibilidade da escola pública perante a sociedade são mudanças visíveis, na opinião do professor de química do Colégio Luiz Pinto de Carvalho, Silvano Oliveira. “As mudanças podem ser percebidas ao se obter resultados como este”. Ele acompanhou e incentivou os alunos durante o concurso, mas ressaltou que a iniciativa de participar surgiu deles.

Apesar da participação em olimpíadas nas áreas de exatas, desde o 1º ano do ensino médio, a estudante Monique Martins, do Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand, em Feira de Santana, que também se destacou no concurso e ganhou uma impressora multifuncional, quer seguir carreira jurídica.

Monique ressalta a importância do incentivo aos alunos pela própria escola em atividades extracurriculares. “Vejo como uma forma de agregar conhecimento, ampliar a visão sobre o mundo e poder competir com igualdade. As atividades fora da sala nos fazem conhecer melhor determinadas profissões e escolher qual seguir”.

Olimpíada 

A Olimpíada Baiana de Química incentiva o entrosamento entre os professores da universidade e entre os professores e estudantes das escolas federais, estaduais, municipais e particulares do estado, além de descobrir jovens com talento e aptidões.

A olimpíada é uma iniciativa da Associação Brasileira de Química (ABQ), com o apoio do Conselho Regional de Química (CRQ-VII) e uma atividade de extensão do Instituto de Química da Ufba. A Olimpíada consta de duas fases, a primeira realizada nas escolas, com critérios estabelecidos pelos professores locais.