Representações das agremiações estudantis, do sindicato dos professores da rede pública de ensino, dos deputados estaduais, do Conselho de Educação e do Ministério Público manifestaram publicamente o apoio ao movimento Todos pela Escola, lançado pela Secretaria da Educação do Estado do Estado, durante a Conferência Estadual de Educação, que acontece até sábado (28), na Escola Parque, em Salvador.

O movimento visa unir esforços do governo e da sociedade para garantir uma escola de qualidade na Bahia, onde mais do que aprender, os jovens tenham a oportunidade de sonhar e ajudar a construir um mundo melhor.  “A educação está na agenda como urgência. É um direito que deve ser garantido pelo Estado, mas é um dever de toda sociedade e só conseguiremos tirar a Bahia do atraso, com a união de todos nós – pais, estudantes, empresas e movimentos sociais”, afirmou o secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto. 

Ele explicou que está empreendendo uma nova dinâmica na gestão da pasta para iniciar o ano de letivo de 2010 com as escolas da rede estadual em condições plenas de atendimento para o aprendizado. “A construção de espaços de aprendizados democráticos e acessíveis a todos sem distinção, alcançando a tão sonhada qualidade na educação” é o principal ponto da carta assinada pelos 12 deputados estaduais da Comissão de Educação, lida na conferência pelo seu presidente, o deputado Fábio Santana.

Segundo o presidente da APLB, Rui Oliveira, a luta da categoria “é pela defesa de uma escola pública, gratuita e de qualidade, com valorização dos profissionais em Educação. Nesse contexto é que apoiamos o Todos pela Escola”.

A voz dos estudantes foi representada pelos manifestos da Associação Baiana de Estudantes Secundaristas (Abes), da Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (Ages) e do Movimento Estadual É Preciso Ousar. “Nossa adesão ao movimento começou em setembro, quando, pela primeira vez, nos reunimos com um secretário da Educação para expressar nossos interesses, pactuando compromissos. Não iremos descansar na cobrança até que se concretize a escola pública que atenda às nossas reais necessidades”, disse o presidente da Ages, Gilcimar Brito.

A carta de apoio do Ministério Público do Trabalho foi assinada e lida pela procuradora Edelamare Melo, destacando “a necessidade de um maior engajamento dos profissionais da Educação no processo de conscientização da sociedade para a erradicação do trabalho infantil”.

O manifesto do Conselho Estadual de Educação, apresentado pelo seu presidente Astor de Castro Pessoa, ressaltou que “nós, conselheiros, sabemos e sentimos essa responsabilidade e não falharemos a esse desafio”.

Compromisso

O desafio do movimento Todos pela Escola é buscar uma escola de qualidade. Para isso, a SEC está mobilizando todos os servidores em uma ação de planejamento e reordenamento da rede estadual para garantir que os 1,3 milhões de estudantes iniciem o ano letivo de 2010 com as condições necessárias para o seu aprendizado.

O planejamento inclui desde reforma de escolas, concurso para professor até programas de aprendizagem. Mais de R$ 50 milhões estão destinados para a reforma de 869 unidades escolares.

O concurso será realizado no início do ano para garantir professores nas salas de aula. Também está em implantação o novo sistema de gestão e monitoramento on line, conectado à secretaria, para atendimento às necessidades da escola em tempo real.

A interdisciplinaridade, tão essencial à educação, também está na agenda do Todos pela Escola. A secretaria vai instalar, em 2010, os Centros Juvenis de Ciência e Cultura, na capital e interior.

Inspirada na proposta pedagógica do educador baiano Anísio Teixeira, a iniciativa vai permitir a ampliação dos tempos e espaços de aprendizagem, consolidando o que já é realidade para cerca de 70 mil jovens com o programa Mais Educação. O sonho, como diz o secretário Osvaldo Barreto “é melhorar a educação pública para acabar com o apartheid social e incluir as crianças de todas as classes sociais na escola pública”. Para isso, ele conclama a todos para “recuperar o tempo perdido e construir um novo patamar de inclusão social pela educação na Bahia.”