“É um passo a mais em busca da Olimpíada Rio 2016”. Com estas palavras, o recordista baiano Luiz Brito comemorou suas vitórias nas Olimpíadas Escolares. Durante cinco dias, atletas baianos das modalidades de handebol e natação, tanto no masculino quanto no feminino, participaram da primeira fase das Olimpíadas Escolares 2009 para jovens de 15 a 17 anos.

A natação baiana fechou neste domingo (8) sua participação com o saldo de 11 medalhas. Nas provas individuais: Luiz Brito, do colégio Objetivo, garantiu duas medalhas de ouro. Do colégio Mendel Vilas, Michele Wanderley ganhou medalha de ouro, Fernanda Penner levou uma bronze e outra de prata e Moyra Wanderley Mendel Vilas uma de ouro e uma de bronze. Ialone Uzeda, do Satre COC, ganhou uma medalha de bronze. Os baianos subiram ao pódio também nos revezamento masculino e feminino 4x50m livre e no medley feminino. Em todas as provas os atletas faturam a medalha de bronze.

A Bahia revelou, nas olimpíadas escolares, um celeiro de grandes promessas para a natação brasileira. O nadador Mateus Caldas, com apenas 15 anos, já desponta como um grande talento. “Estudo no período da manhã e treino todas as tardes. Depois da aula, almoço, faço minhas lições e às 17h entro na piscina e treino até 19”, afirmou.

Toda esta dedicação do jovem é para garantir a realização do seu sonho. “Como qualquer atleta, desejo ser campeão olímpico e as olimpíadas escolares aumentaram minha esperança, pois vim com a intenção apenas de ganhar experiência e para a minha grande surpresa, fui medalhista no revezamento”, completou.

Handebol

No handebol masculino, os atletas do colégio São José estrearam nas olimpíadas com vitória contra o Colégio Ágape, do Pará, por 21 a 19. Na noite deste domingo, a equipe jogou mais uma vez Ginásio de Esportes Unifil em busca da classificação, mas foram eliminados na prorrogação por apenas quatros gols de diferença.

A torcida para os meninos do handebol é forte e familiar. A família do atleta Vinicius Fernandez, o único estudante do mundo a participar do XIII Congresso Olímpico, em Copenhague, na Dinamarca, está marcando presença nas arquibancadas de Londrina. Vinícius conta com a presença e o apoio da mãe Lívia Andrade, do pai Sergio Fernandez, e dos irmãos Bruno e Leornardo Fernandez. “Viajo e participo de todos as competições, é uma forma de incentivar não apenas o meu filho, mas toda equipe do São José. Para mim, são todos como meus filhos ”, afirmou Lívia.

Os ex–atletas de handebol, Vital Nascimento, pai de Diego Caldas, e Rômulo Paixão, pai do goleiro Paixão, também estão presentes na cidade para estimular os filhos e toda a equipe. “Joguei handebol desde 1977 e acumulei vários títulos, como o torneio condor em 1982. Em casa, passei os primeiros fundamentos do esporte para meu filho, assim como ofereço total apoio para os seus estudos, ofereço para o esporte”, salientou Vital.

Handebol feminino

As garotas do handebol feminino do município de Irecê, pela primeira vez participando de uma competição nacional, jogaram três vezes nas olimpíadas, mas não conseguiram vencer as adversárias. Sem medalhas as atletas afirmam que levam na bagagem conhecimento e vivência. “Vamos levar a experiência de participar deste evento para o resto da vida. Treinamos três vezes por semana e já disputamos alguns campeonatos, mas não com esta estrutura. Aqui é tudo diferente, os times têm um nível elevado Foram cinco dias de intercâmbio e aprendizado”, explicou a atleta de handebol, Taline Dourado.

A atleta, de 17 anos, cursa o último ano do ensino médio e pretende morar em Salvador para cursar psicologia. Além disso, Taline deseja estudar e continuar praticando handebol. “Moro no interior, não conheço times da capital, mas vou procurar dar seguimento ao esporte”. A estudante afirma que o esporte não atrapalha os estudos, e sim ajuda. “Acredito que praticar esporte não é motivo para o rendimento escolar cair, pois o atleta deve mostrar, principalmente em casa, que está bem nos estudos, para ninguém falar que o esporte atrapalha", concluiu.

Para Ludmila Dourado, a grande supressa do evento foi a oportunidade de conhecer e ouvir ídolos do esporte. “Tenho 15 anos e comecei a jogar handebol há pouco tempo e depois dessa chance de interagir com atletas olímpicos, eu senti vontade de seguir o exemplos deles e crescer cada vez mais o meu rendimento”, ressaltou.

Na segunda fase das Olimpíadas, em Londrina, que começa na terça-feira (10/11), será a vez dos estudantes do Colégio Salesiano, no basquete feminino, e do Colégio Antônio Vieira, no masculino, brigarem por medalhas. A Bahia entra na competição também no tênis de mesa.