Publicada às 12h20

Atualizada às 16h

Sete pessoas foram detidas, na madrugada desta quinta-feira (5), durante a “Operação Plástico”, deflagrada simultaneamente em Salvador, Barreiras e Vitória da Conquista, pelas secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz) e da Segurança Pública, por meio da Delegacia de Crimes Econômicos contra a Administração Pública (Dececap), e o Ministério Público. A ação aconteceu também nos estados de Sergipe e Santa Catarina.

Todos os detidos, dois deles em Salvador, estão envolvidos em uma quadrilha de sonegação fiscal, responsável pelo prejuízo financeiro inicial de R$ 30 milhões aos cofres públicos. Os acusados praticavam o golpe milionário por intermédio da empresa catarinense TAF Indústria de Plásticos Ltda., com filiais na Bahia.

A delegada responsável pelo caso, Débora Pereira, explicou que a empresa atuava nos ramos de produção e comercialização de caixas plásticas protetoras de medidores de energia elétrica, praticando subfaturamento na proporção de 30% de impostos tributados e 70% sonegados. Também efetuava vendas sem nota fiscal e utilizava de interposição de laranjas (familiares, funcionários) no esquema criminoso.

No total, além das sete prisões efetuadas, foram realizados 10 mandatos de busca e apreensão. “A operação foi um sucesso absoluto. Todos os alvos foram atingidos. Agora, seguiremos com o processo padrão de inquérito para desmanchar a quadrilha e recuperar os ativos perdidos pelo estado”, explicou a delegada, reforçando que as provas coletadas “certamente serão suficientes para comprovar todas as suspeitas que, há seis meses, estão sob investigação intensificada”.

Na capital baiana foram presos os suspeitos Gilnei Silva do Nascimento, 44 anos, representante comercial da TAF, e a secretária Maria de Fátima Almeida Santos. Em Santa Catarina, os irmãos Fernando, Fábio e Alexandre de Carvalho Ferreira, proprietários da empresa principal do grupo. Já em Sergipe, a operação prendeu Antônio Romário e Galmar de Souza, proprietários da filial Metal Plástico.

O secretário da Segurança Pública, César Nunes, ressaltou que a ação contra empresas sonegadoras do fisco baiano será intensificada. “E não vamos ficar apenas na parte fiscal. Nossa parte corresponde também a criminal, ou seja, queremos apenar estas pessoas que sonegaram o fisco e lesaram o Governo do Estado da Bahia”.