Troca de experiências e criação de políticas públicas que promovam a igualdade racial e de gênero nos países iberoamericanos são os principais objetivos do Seminário “Experiências Iberoamericanas de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial com Perspectiva de Gênero”, aberto neste domingo (15) no Hotel Vila Galé, em Salvador, e que ocorre até o próximo dia 17.

Promovido pelo Estado através da Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi) em parceria com a Secretaria Geral Iberoamericana (Segib), o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) e demais entidades ligadas ao setor, o seminário conta com a participação de representantes dos 22 países da América Latina e a Península Ibérica.

Durante três dias, os participantes do seminário discutirão o papel da sociedade e do poder público na promoção da igualdade étnica e de gênero, e a criação de políticas eficazes para mudar o atual cenário através da troca de experiências e informações entre os diferentes segmentos ligados ao tema.

Segundo a secretária de Promoção da Igualdade, Luiza Bairros, “não existe promoção da igualdade social num só país, esse é um esforço conjunto entre países”.  Ela acrescentou que a troca de experiências entre os países iberoamericanos é essencial para diminuir o preconceito racial e de gênero e levar mais conhecimento sobre as diversidades culturais.

“Esse seminário é uma etapa importante que antecede o nosso 20 de novembro, momento em que se discute o reconhecimento do processo de promoção de igualdade que ainda temos pela frente”, esclareceu o governador Jaques Wagner, referindo-se a data em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, no Brasil. Ele ainda citou as iniciativas da Bahia para atrair visitantes de outros países para conhecer a diversidade cultura baiana, através do turismo étnico, que após a implantação do vôo Salvador/Miami, aumentou em 334% o fluxo de turistas americanos. Outros exemplos são a realização do Festival de Músicas Mestiças e a criação do Museu da Música Africana, em Salvador.

Para Rebeca Reichmann, representante da Unifem, a busca por uma sociedade mais igualitária passa obrigatoriamente pela promoção da igualdade e a Bahia tem se mostrado essencial nesse processo. “As ações realizadas na Bahia são instrumentos muito significativos para a promoção da igualdade étnica e de gênero que estamos construindo, ainda temos muito a aprender com a Bahia”, declarou.

“Salvador representa as principais manifestações culturais do Brasil, e a diversidade étnica é um dos destaques dos países iberoamericanos, por isso é tão importante esse encontro ser realizado aqui”, disse o secretário geral da Segib, Enrique Iglesias. Para ele, o importante é reconhecer o tamanho do problema que existe na sociedade em relação ao preconceito e ao desconhecimento das diversidades culturais e praticar a tolerância.