“Viver com Aids é possível. Com o preconceito não.” Esse foi o tema escolhido para as atividades do Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1º de dezembro. Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids, marcará o transcurso da data com uma programação a ser iniciada às 9h, no Dique do Tororó, em área próxima ao restaurante A Porteira.

Em tenda instalada no local, a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, Maricélia Macedo, e técnicos da Sesab estarão disponíveis para dar orientações e prestar esclarecimentos à população. Haverá também distribuição de material educativo e preservativos.

Na Bahia, desde 1984, quando foi notificado o primeiro caso de Aids, até o ano passado, os dados da Sesab mostram o registro de 10.234 casos da infecção, sendo 9.891 na população adulta.

Estatísticas 

No total de casos de Aids acumulados em todo o Brasil, incluindo a Bahia, a maioria foi registrada em homens, embora a partir de meados dos anos 90, venha se observando que a taxa de incidência diminui entre os homens e cresce entre as mulheres. O Ministério da Saúde aponta para o crescimento de 44% na infecção por HIV entre as mulheres, no período de 1995 a 2005.

Dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde indicam que os grandes centros urbanos do país – onde estão concentrados 52% dos casos de Aids – registraram queda de 15% na taxa de incidência da doença entre 1997 e 2007. Nesse mesmo período, a incidência nos municípios com menos de 50 mil habitantes dobrou, revelando que a epidemia caminhou para o interior do país.

Em 1997, a taxa nas cidades com menos de 50 mil habitantes era cerca de oito vezes menor do que a registrada nas cidades com mais de 500 mil pessoas, e em 2007, essa relação caiu para três vezes.