A temporada 2009 do Balé Teatro Castro Alves será encerrada com a reapresentação de uma das mais aplaudidas coreografias do repertório atual da companhia .Áfrika, do espanhol Victor Navarro, um espetáculo que homenageia a musicalidade, os ritmos e as vozes do continente africano. .Áfrika está em cartaz na Sala Principal do Teatro Castro Alves, na o próximo dia 11 de dezembro, sexta-feira, às 20 horas, com ingressos a R$ 20 a inteira e e R$ 10 a meia entrada.

Especialmente criada para o Balé, dentro do projeto BTCA Convida, a montagem percorrer lugares e expressões artísticas recorrentes ao continente, como o flamenco do Sul da Espanha – Andaluzia -, culturalmente influenciado pelas tribos vindas do norte da África, o barroco cristão e a rumba do Caribe, na América Central.

Faz também uma alusão aos orixás do candomblé e à capoeira. Navarro explica que a montagem não conta uma história, e não se trata de fazer folclore. “Mas tem determinadas ações que podem ser o esboço de algo que o público interprete como tal”.

No palco, os 20 bailarinos, que também colaboraram na concepção do espetáculo misturam leveza, vigor, agilidade e brilho para mostrar o lado vivo e pulsante desse continente que é reverenciado como o Berço da Humanidade. .Áfrika estreou em julho deste ano, no TCA, e foi um dos espetáculos mais aplaudidos da 3 Conferência Estadual de Cultura, realizada no final de novembro, em Ilhéus. Os figurinos e a cenografia são assinados por J. Cunha. Iluminação, Irma Vidal.
O BTCA foi fundado há 28 anos, e é mantido pela Secretaria de Cultura do Estado, através da Fundação Cultural e Teatro Castro Alves.

Victor Navarro Capell

Começou seus estudos de dança no Institut Del Teatre de Barcelona, sua cidade natal. Ingressou como bailarino em importantes companhias de dança européias, como o Ballet Gulbekian, em Lisboa, Portugal, Ballet da Ópera de Lile, na França, Ballet Del Gran Teatre Del Liceu de Barcelona, Espanha, Real Ballet de Flandes e o Ballet de Charlerroi, ambos na Bélgica. Em 1974 foi convidado pelo Balé da Cidade de são Paulo como maitre de balé e coreógrafo residente, sendo em 1978 designado diretor artístico da companhia.

Com o BTCA

Em 1982, criou em São Paulo a Victor Navarro Companhia de Dança e, em 2002, a V.N.C. Ballet, na Cataluña, Espanha. Seu trabalho é reconhecido em todo o Brasil e no exterior. Recebeu do governo do estado de São Paulo e da Associação Paulista dos Críticos de Arte de São Paulo cinco premiações como melhor coreógrafo e intérprete entre os aos de 1976 e 1982.

Suas criações foram montadas por companhias como o Ballet de Flandes, da Bélgica, Cisne Negro Cia. de Dança e Ballet Ismael Guiser, de São Paulo, Ballet Nacional de Lisboa, Balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e, principalmente, o Balé Teatro Castro Alves.

Em 1981, criou especialmente para a estreia nacional do BTCA a coreografia Ilhas, que teve remontagem em 2008 com alunos da Escola de Dança da Funceb. Em 1982, Navarro criou, para o BTCA, Sonhos de Castro Alves. Atualmente, o coreógrafo reside na cidade de Sevilla, na Espanha, onde desenvolve seu trabalho como artista convidado.