A produção da indústria baiana teve, em outubro, um incremento de 0,8% em relação ao mês de setembro. Dez dos 14 locais do país investigados pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, divulgada em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, apresentaram tendência positiva. A média do Brasil ficou em 2,2% na comparação com setembro. Já na comparação com outubro de 2008, o acréscimo na produção baiana foi de 0,3% e somente Espírito Santo (2,4%), Pernambuco (1,0%) e Paraná (0,6%) acompanharam a tendência positiva.
O resultado para o conjunto do país foi de retração de 3,2% na comparação com 2008. No resultado acumulado no ano de 2009 (janeiro a outubro), a indústria baiana ainda acumula queda de 8,1% ante o mesmo período do ano anterior.

O crescimento da produção industrial em outubro foi a terceira taxa positiva consecutiva este ano, após acréscimos de 0,2%, em setembro, e de 5,2%, em agosto. “Há três meses, a indústria vem mantendo um ritmo positivo, acumulando de agosto a outubro, 8,2% de expansão. Isso muda a tendência do gráfico para o início de uma fase de recuperação. O setor voltou praticamente ao ritmo em que estava no pré-crise, sinalizando um quarto trimestre totalmente atípico neste ano, com os números em crescimento, quando, tradicionalmente, a tendência de final do ano é de arrefecimento dos indicadores econômicos”, avalia o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis.

Na comparação com setembro, o resultado foi puxado pelo setor químico (4,3%), com contribuições das produções de polietileno de alta densidade e de PVC, ambos associados à demanda da construção civil. O setor de automóveis também se destacou em outubro, com 8,6% de aumento na produção, indicando que está acelerando sua recuperação, mas ainda se encontra distante do patamar do pré-crise, acumulando 14% de retração entre janeiro e outubro de 2009.

No confronto com outubro de 2008, a taxa de 0,3% sofreu influencia negativa de sete segmentos, resultando na taxa pouco significativa do período. Entre as maiores contribuições negativas destacam-se metalurgia (-11,2%), refino de petróleo (-4,2%) e alimentos e bebidas (-4,7%) devido, respectivamente, ao recuo na produção de ouro em barra e vergalhão de cobre, gasolina e nafta para petroquímicas e óleo e derivados de soja. As duas únicas contribuições positivas vieram de produtos químicos (11,3%) e minerais não-metálicos (5,1%), este último também um insumo da construção civil.

Redução

No acumulado do ano, período de janeiro a outubro, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana acumula redução de 8,1% e a indústria de transformação, variação negativa de 8,3%. Refino de petróleo e produção de álcool (-18,4%), metalurgia básica (-19,2%) e produtos químicos (-4,6%) foram os que mais contribuíram para o resultado negativo. As contribuições positivas vieram dos segmentos de minerais não-metálicos (7,6%) e alimentos e bebidas (0,9%).