Apresentações de vídeos autorais, teatro, musical, dança e desfile de moda marcaram o encerramento da segunda edição do projeto Didá Alamojú, nesta terça-feira (15), na Biblioteca Pública dos Barris. A iniciativa, realizada pela parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza (Sedes) e a Ong Omidudu, capacitou 600 jovens de baixa renda, por meio de oficinas culturais que resultaram nas ações apresentadas pelos participantes.

Os jovens interessados em conhecer a Ong e o projeto podem buscar mais informações pelo site www.nucleoomidudu.org.br, pelos telefones (71) 3334-2948/ 5982 e pelo email contatos@nucleoomidudu.com.br.

Ao longo de 2009, foram oferecidas atividades culturais nas áreas de produção audiovisual, estética negra, confecção e moda, receptivo afro, etnomídia e formação de líderes comunitários, com foco na juventude negra. “É um meio de combater a exclusão racial, valorizando a beleza e a potencialidade da cultura negra, com ênfase em lições de cidadania e formação pessoal”, afirmou o coordenador da Ong Omidudu, Bartolomeu Dias.

As aulas, proferidas por educadores e mobilizadores capacitados pela própria Ong – que há 20 anos atua na valorização de adolescentes de 16 a 24 anos –, foram viabilizadas pelo investimento de aproximadamente R$ 900 mil. O valor é proveniente do programa Jovens Baianos, coordenado pela Sedes. “O Governo do Estado e a Sedes enxergam que o jovem não é apenas o futuro, ele é o presente e no presente a gente precisa dar oportunidades como esta iniciativa, que certamente terá continuidade em 2010”, comentou a superintendente de Inclusão Alimentar da Sedes, Ana Torquato.

Ampliação – Para Bartolomeu, ante o sucesso do programa que ele afirma já ser uma referência em políticas públicas na Bahia, o Didá Alamojú poderá duplicar, em 2010, a quantidade de jovens participantes. “Afinal, os preparamos também para o mercado de trabalho, ao estimular o empreendedorismo, a iniciativa e a criatividade”, enfatizou.

Ellen Caroline Paim, de 18 anos, foi uma das participantes qualificadas pelo projeto. A adolescente parou de estudar há dois anos, quando teve seu primeiro filho. “Agora tenho, pelo menos, mais chances de conseguir um trabalho”, comentou Ellen, que fez o curso de estética negra e aprendeu a fazer penteados afros. “Posso arrumar um emprego em um salão de beleza do meu próprio bairro”, disse a jovem, moradora do bairro do Curuzú.