LOCAL: Convento do Carmo, no Pelourinho.
DATA: 16.12.09 (quarta-feira)
HORÁRIO: 17h30

O QUE É: assinatura de protocolo de intenções entre o Estado e o grupo francês Alstom para instalação de uma unidade industrial de fabricação de geradores para energia eólica.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

FÁBRICA: será dedicada à montagem de aerogeradores com capacidade instalada de 300 megawatts por ano, para produzir energia por meio dos ventos. O investimento estimado é de R$ 50 milhões e o faturamento anual previsto pode chegar a R$ 1 bilhão, com a geração, na primeira fase de implantação, de 150 empregos diretos. Para tanto, o governo concederá incentivos fiscais, além da infraestrutura necessária para instalação do empreendimento e apoio para a concessão de licenças e obtenção de financiamentos.

BENEFÍCIOS: Além do impacto positivo na economia, com a criação de novos postos de trabalho e arrecadação de impostos, por exemplo, a instalação da unidade marcará a inserção do estado na indústria das energias renováveis, possibilitando a captação de investimentos e transferência de tecnologia no segmento eólico.

CONTEXTO: esse protocolo é um desdobramento da viagem do governador à França, em outubro. Na ocasião foi assinado um memorando de entendimento com empresa. As negociações com o grupo francês começaram em abril, quando uma missão comercial liderada por Wagner fez uma primeira reunião com a direção da Alstom.

GRUPO ALSTOM: oferece soluções em geração de energia e transporte ferroviário. Está no Brasil há mais de 50 anos e emprega mais de quatro mil pessoas nas unidades de Bandeirantes, Lapa e Taubaté, todas em São Paulo. De abril de 2008 a março de 2009, o faturamento da Alstom no Brasil foi de R$ 1,81 bilhão. São destaques da empresa grandes projetos hidrelétricos, como Itaipu, Tucuruí, São Simão e, mais recentemente, Foz do Chapecó e Estreito; termelétricos, como TermoBahia, TermoRio e Piratininga; e os metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

LEILÃO DE ENERGIA: a assinatura do protocolo com a Alstom coincide com o resultado do primeiro leilão de energia eólica, realizado no último dia 14, quando a Bahia emplacou 18 dos 71 projetos aprovados, garantindo uma oferta de 390 megawatts/ano. Entre os municípios baianos com potencial para produzir energia eólica, destacam-se Tucano, Juazeiro, Campo Formoso, Jacobina, Igaporã, Caetité, Brotas de Macaúbas, Sobradinho, Morro do Chapéu, Ourolândia, Cafarnaum, Vitória da Conquista, Mucugê, Ibicoara, Conde, Casa Nova, Pindaí, Guanambi e Riacho de Santana. 

MAIS INVESTIMENTOS: em 2009, 11 empresas entraram em operação e três concluíram as reformas para ampliação, gerando 860 empregos diretos. Atualmente existem 122 novas empresas em implantação e três em ampliação, com investimento de R$ 7,7 bilhões e expectativa de geração de 12.789 novos empregos. Entre as unidades industriais inauguradas, três ficam em Salvador e Região Metropolitana: a Plus Vita, na capital baiana, a Votorantim Cimentos, em Candeias, e uma nova unidade da Braskem em Camaçari. São de mais 400 novos posto de trabalho. Destaque também para a Mirabela Mineração, a unidade minero-industrial para produção de níquel, em Itagibá, que deverá empregar pelo menos 250 pessoas. 

ATRAÇÃO: é positivo o balanço da atração e implantação de novos empreendimentos industriais na Bahia durante a atual administração estadual. Em 2009, o Estado assinou mais de 150 protocolos de intenções com indústrias interessadas em se instalar em dezenas de municípios baianos, com investimentos que totalizam mais de R$ 10 bilhões e expectativa de gerar mais de 32 mil empregos. Apenas nos nove primeiros meses de 2009 foram assinados mais protocolos de intenções do que em todo ano de 2008, e mais do que o dobro de 2007. A expectativa é que estes números melhorem ainda mais, com grandes expectativas para o próximo ano, quando se espera um abrandamento da crise financeira mundial. Além disso, hoje a Bahia reúne um ambiente institucional bastante propício à implantação de novas indústrias. Os grandes projetos estruturantes em andamento no estado, como a Ferrovia Oeste-Leste, o Porto Sul, o Polo da Indústria Naval e outros, estão sendo preponderantes para garantir, não apenas a continuidade, mas também o incremento do processo de atração de novos empreendimentos.