Pelo menos 10 áreas com capacidade de abrigar canteiros para a construção de navios e módulos de plataformas de exploração de petróleo foram identificadas e serão oferecidas a empresas que queiram investir na Bahia. A ação faz parte do trabalho para incluir o estado no projeto de construção de plataformas da Petrobras, que deve produzir pelo menos 120 unidades nos próximos anos.

Os módulos são uma das partes da estrutura das plataformas e sua construção requer investimento de U$ 40 milhões e contratação de cerca de 400 pessoas. “Nós queremos trazer esses investimentos e esses empregos para cá. Por isso já identificamos as áreas, que ficam na Baia de Aratu e têm em média 200 mil metros quadrados, com todas as condições logísticas e ambientais para o empreendimento”, disse o secretário extraordinário da Indústria Naval e Portuária (Seinp), Roberto Benjamin.

Em paralelo à atração de investidores para a construção dos módulos, a Seinp está apoiando os projetos que vão disputar a concorrência para instalação de estaleiros. Em Março de 2010, a Petrobras vai licitar 3 pacotes para a construção de 28 plataformas e a intenção é que um desses pacotes venham para a Bahia. “As empresas elaboram seus projetos e nós apoiamos o licenciamento ambiental. A parte mais difícil já foi concluída e pretendemos finalizar tudo em janeiro”, afirmou o Benjamin. A estimativa é que cada estaleiro necessite de um investimento de U$ 900 milhões e gere entre 5 e 7 mil empregos diretos, a depender do tipo de plataforma que venha a ser construída.

Indústria Naval

A instalação desses empreendimentos fazem parte do plano de implantação da Indústria Naval da Bahia. A idéia é atrair para o estado parte dos investimentos previstos pela Petrobras para a construção e manutenção de navios, plataformas e equipamentos de exploração de petróleo e gás, além de outros empreendimentos no ramo.

Em São Roque do Paraguaçu, onde um canteiro da Petrobras já está em atividade e duas plataformas estão sendo construídas, a população já viu os benefícios. O mecânico Alex Lima, que estava desempregado, conseguiu uma vaga há três meses. “Aqui eu tenho uma renda garantida, recebi curso de capacitação e melhorei de vida. Assim como eu, muita gente de São Roque foi beneficiado com a construção das plataformas”.