As populações dos municípios de Aracatu, Fátima, Paripiranga e Quijingue, no interior do estado, estão sendo diretamente beneficiadas com 857 cisternas executadas pelo Programa de Desenvolvimento de Comunidades Rurais nas Áreas mais Carentes do Estado da Bahia – Gente de Valor. O investimento de R$ 1,1 milhão chegará a 117 comunidades, atendendo 857 famílias. No município de Fátima, também na região, 18 famílias vão ganham sanitários residenciais, no valor de R$ 54 mil.

Já as comunidades de Brejão/Brejinho, Cabeceira do Rio do Curral, Cabeceira Sussuarana, Riacho do Meio, Tiago, Jacaré e São Pedro, no município de Ribeirão do Largo, no oeste baiano, serão atendidas com obras de infraestrutura e de produção executadas pelo Programa de Combate à Pobreza Rural – Produzir.

Com investimentos de R$ 878,9 mil, as benfeitorias farão com que 487 famílias tenham acesso à água de qualidade e possam desenvolver suas atividades agrícolas, garantindo o incremento de renda e o desenvolvimento regional sustentável. Nesse município, serão implantadas 71 cisternas, 186 sanitários residenciais, dois sistemas de abastecimento de água e um projeto de mecanização agrícola.

Essas intervenções integram as ações empreendidas pelo Governo do Estado para universalizar o acesso à água nos municípios mais carentes, cumprindo com êxito a meta do Programa Água para Todos. As obras foram feitas pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir).

Moradores da zona rural de Aracatu não precisam mais buscar água longe de casa

Em Aracatu, a 618 quilômetros de Salvador, onde o Governo do Estado entrega 646 cisternas, toda a população da zona rural já conta com um ponto de água confiável em suas moradias, o que elevou, significativamente, a qualidade de vida dos moradores e melhorou os aspectos relacionados à saúde e ao saneamento básico.

Deusdete Carlos dos Santos, 60, morador do povoado de Milagres, a 18 quilômetros de Aracatu, nascido e criado na localidade, contou que desde pequeno pôde testemunhar a dificuldade dos pais para adquirir água. “Eles caminhavam para o rio ou barragem mais próxima daqui e assim também tive que fazer com minha família”, disse.

Mas, segundo o lavrador, que mora com a mulher Maria Rosa e oito filhos, a realidade dura das caminhadas e baldes na cabeça mudou há um ano, quando o Governo do Estado implantou cisternas em todas as casas da região. “Foi uma maravilha, uma verdadeira benção de Deus. Para mim, foi o melhor recurso que o Governo podia dar para gente, água bem zelada, limpa e de qualidade, dentro da nossa própria casa”, ressaltou, satisfeito.

Ele lembrou que ninguém no povoado acreditava que esse projeto chegaria, já que foram anos e anos convivendo com a falta de água e sem uma política eficiente, que livrasse a população do problema. “Sem água não se vive e para nós foi uma riqueza. Muitas vezes, quem sempre teve, não dá valor, mas para a gente foi um verdadeiro milagre”, confessou, aliviado.