Publicada às 11h20

Atualizada às 17h30

As unidades de emergência e os hospitais da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) funcionaram com reforço de efetivo durante o Carnaval, em apoio aos postos de saúde do município de Salvador. No total, foram registrados 244 atendimentos, desde a última sexta-feira (12) até as 8h desta quarta-feira (17).

O número comprova a redução de 25,5% das ocorrências médicas, nos circuitos oficiais da folia, em comparação a 2009, quando o sistema de informação contabilizou 328 atendimentos. O secretário de Saúde, Jorge Solla, atribuiu a queda, sobretudo, à ampliação da assistência prestada nos circuitos.

“Foram mais de cinco mil atendimentos, que fizeram com que somente os casos de maior gravidade chegassem aos hospitais, facilitando os atendimentos, aumentando a capacidade de assistência precoce e, consequentemente, melhorando a capacidade de recuperação dos casos”, enfatizou.

O detalhamento das ocorrências nas unidades da Sesab demonstra que o maior número de casos registrados é de agressão física (108), seguido de intoxicação exógena (37), queda (26), ferimento acidental (17), agressão por arma branca (13), complicação pré-existente (5), exposição ao sol (4), agente químico (3) e atropelo (2). “Chama atenção, também, a redução da ocorrência de casos com arma de fogo, que totalizaram quatro este ano”, pontuou Solla.

O Hospital Geral do Estado (HGE) continuou sendo a unidade com o maior número de atendimentos relacionados ao Carnaval – até as 8h desta quarta-feira, o hospital teve o registro de 104 ocorrências.

As demais unidades apresentaram os seguintes quantitativos de atendimento: Hospital Ernesto Simões Filho (14), Hospital Geral Roberto Santos (23), Hospital João Batista Caribé (19), Hospital Eládio Lasserre (2), Unidade de Emergência de Cajazeira 8 (17), Unidade de Emergência do Curuzu (53), Unidade de Emergência de Pirajá (10), Unidade de Emergência de Plataforma (2).

Com relação a doenças infecciosas registradas no período da folia, os números também foram baixos. “Apenas sete casos de meningite, dos quais apenas três por meningite meningocócica e, desses, um óbito com a recuperação dos outros dois pacientes. Foram cinco casos positivos de teste de HIV/AIDS e 14 casos de dengue. Dados que mostram, também, redução com relação aos anos anteriores”, detalhou o secretário.

Hemoba

De quinta-feira (11) até as 17h de terça-feira (16), último dia de Carnaval, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) totalizou 398 doadores.

De acordo com a diretora de Hemoterapia, Márcia Baco, diferentemente do ano de 2009, a Hemoba, este ano, conseguiu atender toda a demanda existente na rede. Ela afirmou que esse resultado favorável foi fruto da diminuição das ocorrências mais graves, fato que reduz as solicitações e uma melhor captação ocorrida neste ano.

A diretora destacou o grande apoio que recebeu por parte dos evangélicos, “porque eles representaram um reforço importante nas doações durante o período de Carnaval”. Em 2009, a média diária foi de 66 doadores, enquanto que este ano a média aumentou para 88 doadores por dia, numa evolução de 33%. A Hemoba, excetuando o domingo, funcionou todos os dias de Carnaval.

Ciave

O Centro de Informações Antiveneno (Ciave), de sexta-feira (12) até as 8h desta quarta-feira (17), realizou 99 atendimentos. Desse quantitativo, 14 foram presenciais e seis foram relacionados com o Carnaval.

As seis ocorrências relacionadas com a festa foram: mistura de fenobarbital (medicamento antialérgico) com álcool, dois casos de uso de crack, uso de cocaína com álcool, ingestão de coquetel ‘príncipe maluco’ e ingestão de chumbinho.

Cevesp

No Laboratório Central do Estado (Lacen), onde está funcionando o plantão da Coordenação Estadual de Vigilância das Emergências à Saúde Pública (Cevesp) e da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa), algumas ocorrências foram registradas durante o período do Carnaval, mas, segundo o coordenador da Cevesp, Juarez Dias, nada fora do normal.

“Durante o período de Carnaval, as ocorrências de notificação compulsória se mantiveram dentro da normalidade”, disse Dias. Ele acredita que até quinta-feira (18) a Vigilância Epidemiológica deve divulgar um balanço das ocorrências da semana do Carnaval.