Sob o título Bahía, el otro carnaval, a edição on line do jornal argentino Clarín, um dos maiores do país, publicou uma matéria destacando a grandiosidade do carnaval de Salvador (www.clarin.com/diario/2010/02/11/um/m-02137829.htm). “Hoy comienza lo que el libro Guiness certificó como la fiesta más grande del planeta. Y este año Salvador festeja los 60 años de la invención del "trío eléctrico"”, anunciou o jornalista Francisco Rabini, enviado especial do veículo.

Rabini diz que o Carnaval do Rio de Janeiro pode ser o mais famoso do mundo, mas não é único e, pelo que se percebe em sua matéria, nem o melhor que o Brasil oferece.O jornalista afirma que em Salvador, na Bahia, existe outro Carnaval, menos espetacular, segundo alguns, mas mais autêntico, para outros.

A diferença entre as duas festas, para o enviado, é clara. Em Salvador não há sambódromo e o público não se separa da festa. “Acá no se viene a ver un carnaval, se viene a participar en él. Con más de dos millones de personas danzando por la ciudad, el de Bahía es considerado el carnaval más grande y fue certificado por el libro Guiness como la mayor fiesta popular del planeta”, ressaltou.

O jornalista descreve, encantado, os circuitos oficiais e alternativos da festa, com as opções para quem pode e para quem não pode, ou não quer, pagar para participar dos blocos. Rabini conta como é organizada a venda de abadás, de camarotes e, claro, como se diverte o folião pipoca. Ele observa que o circuito Osmar é o mais antigo, por onde desfilam os blocos mais tradicionais, e, o Dodô, o mais turístico, por suas paisagens.

A matéria descreve também toda a história do Carnaval da Bahia, desde a invenção do trio elétrico, em 1950, passando pela do ritmo conhecido hoje como Axé, que surgiu nos anos 80 e, segundo o jornalista, “alcanzó la madurez en la década siguiente y se expandió por todo Brasil”. Rabini faz questão de explicar a origem da palavra Axé, que vem do Yorubá e, segundo ele, significa energia vital.

Segurança – Na matéria, o secretario de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, afirmou que a segurança está servindo de modelo inclusive para outros países, como Espanha e França. “Mais de 90% de quem vem à Bahia sai feliz e sem ser incomodado".

O texto termina garantindo que o período de Carnaval acaba, mas a festa na Bahia não. “Aquí se reconoce que el bahiano, si no está en una fiesta, está ensayando para una”. Palavra de jornalista argentino.