Criação de empresas em 2009 cresceu mais no interior que na RMS

Foi lançada nesta quarta-feira (24) a 12ª edição da Liquida Salvador, na Associação Comercial da Bahia. O Governo do Estado, por intermédio das secretarias da Fazenda (Sefaz) e da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), apoia diretamente a campanha, concedendo o parcelamento, em quatro vezes, do ICMS do mês de março para os lojistas participantes. A Liquida Salvador é a segunda melhor data de arrecadação para o Estado e também a segunda melhor em vendas no varejo, superada apenas pelo Natal.

Estrelada por Zezé de Camargo e Luciano, a campanha Liquida Salvador é realizada entre 25 de fevereiro e 7 de março. São onze dias de ofertas em mais de 6,5 mil pontos comerciais, que incluem os grandes shoppings e o comércio de rua em cinco cidades, Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas, Simões Filho e Dias D´Ávila. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador, Antoine Tawil, a expectativa é movimentar R$ 280 milhões no período, o equivalente a um incremento de 20% em comparação com o ano passado.

O secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, falando em nome do governador Jaques Wagner, motivou os empresários baianos a enxergarem o interior do estado. "O lojista de Salvador tem que descobrir as potencialidades de Barreiras, Jequié, Itapetinga e instalar filiais de suas empresas por lá. Números da Junta Comercial mostram que, entre 2007 e 2009, foram abertas mais empresas no interior baiano do que na Região Metropolitana de Salvador”.

Segundo Correia, enquanto na RMS o crescimento foi de 8,1%, na Serra Geral foi de 52,7, no Nordeste baiano de 46,6% e no Piemonte da Diamantina de 42,5%. “Em todas as regiões o crescimento foi maior”, disse Correia.

Interiorização – Falando para uma platéia de comerciantes e lojistas, o secretário disse que os baianos precisam ocupar o espaço do desenvolvimento do interior, porque os seus concorrentes mineiros e capixabas já o estão fazendo. De acordo com Correia, a ação do presidente Lula e do governador Wagner é no sentido de fortalecer a economia, aumentar os postos de trabalho e delinear uma política de distribuição de renda mais justa, incluindo cada vez mais a população das classes C, D e E no mercado consumidor.

“Quando o governo investe em eletricidade e abastecimento de água, com os programas Luz para Todos e Água para Todos, significa mais saúde, melhor qualidade de vida, e, também, mais consumo de geladeira, TV, máquina de lavar, torneira, banheiro, chuveiro, azulejo. E consumidor é tudo que o comerciante quer”, disse o secretário, enaltecendo a grande contribuição do comércio baiano para a geração de empregos – 300 mil postos em todo o Estado.

Correia pautou seu discurso na dinâmica da economia, no círculo virtuoso que gera mais emprego, renda e, consequentemente, consumo. O secretário citou alguns exemplos que ilustram essa dinâmica. “Em 2009, a Ebal fechou seu faturamento em R$ 550 milhões de reais e sua meta para 2010 é de R$ 600 milhões. Outro exemplo, o Nordeste do Brasil ultrapassou o Sudeste em vendas de motos no ano passado. A motocicleta é hoje mais do que um veículo de transporte na Bahia, um verdadeiro instrumento de trabalho para muitas pessoas".