Ecologia da restauração, ecossistemas florestais e necessidades de restauração, além de monitoramento da diversidade genética no sul da Bahia. Estes foram alguns dos assuntos debatidos durante o curso de Restauração Florestal do Projeto Nossas Árvores: conservação e manejo de espécies arbóreas ameaçadas no Sul da Bahia.

O curso foi promovido pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Instituto Floresta Viva e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), entre quarta e sexta-feira (24 e 26), no Parque Estadual da Serra do Conduru (Pesc), em Serra Grande.

As atividades práticas foram realizadas em fragmentos de Mata Atlântica ainda preservados no parque, e em área costeira, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Serra Grande. O uso do parque como fonte de pesquisa ocorre desde 2001 e já beneficiou mais de 500 alunos do curso de Ciências Biológicas.

De acordo com o secretário estadual do Meio Ambiente, Juliano Matos, atividades como esta realizada no Conduru demonstram que o parque é hoje uma boa fonte de pesquisa para professores e estudantes. “A floresta possui a terceira maior biodiversidade do mundo, por isso precisa ser preservada”, completou Matos.

“Com este encontro o Conduru vem cumprindo o seu objetivo com o que diz respeito ao programa de uso público. O evento deixou, como resultado, relatórios técnicos, diagnósticos com pesquisas e informações inerentes ao parque que servirão para a gestão da unidade de conservação”, avaliou Marcelo Barreto, gestor do Pesc.

“O Parque Estadual Serra do Conduru tem referência não só para a Bahia, mas para o mundo, em função da sua grande biodiversidade. O Conduru apresenta infraestrutura adequada para a realização de cursos como este”, afirma a professora Regina Sambuichi.

Localizado em área dos municípios de Ilhéus, Itacaré e Uruçuca, o Parque do Conduru (Pesc) representa um dos mais importantes blocos de remanescentes florestais do litoral nordestino e abriga ainda nascentes de 30 rios e riachos.

O encontro foi aberto ao público, e reuniu durante os três dias, estudantes universitários, profissionais que atuam em ONGS e órgãos governamentais da área ambiental.