Até esta sexta-feira (12), o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) recebe projetos para seleção e celebração de convênio de restauração de matas ciliares e nascentes nas bacias hidrográficas em 21 macrobacias hidrográficas (regiões de planejamento e gestão das águas) na Bahia. Os convênios serão celebrados de maneira articulada entre as prefeituras e as instituições (pessoas jurídicas de direito público) e destas com organizações da sociedade civil.

Segundo o coordenador do Programa de Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes do Ingá, Luís Barbosa, a chamada pública se justifica na necessidade de sensibilizar o poder público municipal dessas regiões para a restauração florestal e, consequentemente, para a manutenção da qualidade das águas.

Ele explicou que as matas ciliares funcionam como barreira natural para o material particulado (sedimento) que desce para o leito dos rios. Com a degradação da mata, há o excesso de material no leito. Esse excesso diminui a profundidade dos rios, o que pode provocar enchentes nos períodos mais chuvosos. “O grau de degradação das matas ciliares é grande e preocupante em nosso estado, pois temos importantes rios que apresentam redução de vazão (volume)”, disse Barbosa.