As ações voltadas para a inclusão social e o combate à pobreza das comunidades quilombolas estão ganhando, cada vez mais, a atenção do Governo da Bahia, que realiza, na quarta e na quinta-feira (17 e 18), no Forte Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, o II Encontro Interestadual de Projetos Quilombolas. 

O evento, organizado pela Coordenação de Apoio aos Povos e Comunidades Tradicionais, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), reunirá representantes do Banco Mundial (Bird), dos estados do Ceará e de Pernambuco e das secretarias de Promoção da Igualdade (Sepromi), de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), de Desenvolvimento Urbano (Sedur), de Cultura (Secult), da Agricultura (Seagri) e da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA). 

A programação será aberta, às 9h, pelo diretor executivo da CAR, José Pirajá Pinheiro Filho, e em seguida contará com a apresentação do tema Expectativas do Bird para a execução do Projeto em 2010, proferido pelos representantes do Banco Mundial, Judith Lisansky e Alberto Costa. Após essa exposição, as coordenações do projeto nos estados do Ceará, Pernambuco e Bahia vão mostrar as ações desenvolvidas no período de julho de 2009 até fevereiro deste ano. 

À tarde, as equipes que trabalham no projeto vão discutir junto a seus coordenadores os desafios e dúvidas para a execução das ações nas comunidades em seus estados. Já na quinta-feira, serão vistas as proposições de atividades para 2010 e as estratégias e pendências para a execução do Projeto Quilombolas.

Meta 
O projeto, que tem como meta a inclusão das comunidades quilombolas, integra uma proposta mais ampla de combate à pobreza rural implementada pelo Bird, pelo governo japonês e governos estaduais da região Nordeste do Brasil. Os recursos são da ordem de US$ 877,6 mil e vão priorizar comunidades localizadas nos Territórios de Cidadania como o Baixo Sul, Litoral Sul, Chapada e Velho Chico. 

Estão também previstas ações nos Territórios de Identidade do Recôncavo e Bacia do Rio Corrente. As ações, nesse primeiro momento, destinaram-se a criação de associações e fortalecimento institucional das comunidades quilombolas. O projeto é coordenado pela CAR, por meio da Coordenação de Apoio aos Povos e Comunidades Tradicionais. Para a descentralização e integração das ações, a empresa celebrou Termo de Cooperação Técnica com a Sepromi, Secult e Sedes, em novembro de 2009. 

Também serão utilizadas instâncias decisórias, como Conselhos Territoriais, Comitês e Subcomitês de Bacias Hidrográficas, Conselhos Deliberativos ou Consultivos de Unidades de Conservação, Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, além de Organizações da Sociedade Civil e outros órgãos dos Poderes Públicos Municipais e Estaduais.