O Programa de Educação Ambiental do Sistema Educacional (ProEase) foi lançado nesta terça-feira (23), no Bahia Café Hall, com a presença de estudantes, professores e gestores da rede estadual de ensino. Todos ali incumbidos em participar do processo de construção de ecossistemas equilibrados, estabelecendo princípios gerais, diretrizes pedagógicas, orientações curriculares e linhas de ação institucionais.

O secretário da Educação, Osvaldo Barreto, que compôs a mesa, elogiou a iniciativa de educadores que já vêm trabalhando no sentido de transformar a educação, promovendo sustentabilidade nas relações sociedade-natureza. “O trabalho que vem sendo desenvolvido na Secretaria da Educação visa, fundamentalmente, a melhoria do ambiente escolar que aponte para a construção da cidadania. E nosso sonho é trabalharmos a educação ambiental escolar de forma transversal”, afirma.

A atuação de educadores como Wellington Pires, diretor do Colégio Estadual Dr. Luiz Rogério Souza, e Idalécio Santos, professor do Colégio Estadual Marquês de Abrantes, do município baiano de Rio Real, foi levada ao conhecimento da plateia como exemplos a ser seguidos. “A proposta da educação ambiental é forte e capaz de transformar muita coisa, a partir do ambiente escolar. Em Plataforma, zona de risco social, a gente já conseguiu mudar várias coisas”, comemora Welligton, que apresentou o vídeo de um dos projetos da sua escola, o Plantando a Paz.

A cerimônia de lançamento do ProEase foi aberta ao som de Maviael de Mello, com seus cantos regionais e cordéis ambientalistas, usados como recurso pedagógico na promoção de reflexões, sensibilizações e transmissão de conhecimentos de forma lúdica, como ressaltou Solange Rocha, coordenadora de Educação Ambiental e Saúde da Secretaria da Educação.

Programa 

Na apresentação do ProEase, Solange enfatizou suas principais finalidades, como servir de subsídio teórico que amplie a bagagem de conhecimentos dos educadores, despertar a reflexão acerca das questões ambientais e apontar para a formulação de ações permanentes que assegurem a biodiversidade. “O desafio está posto a cada um de nós. Nada vai adiantar se esse programa não tiver vida nas escolas”, observa.

Consciência ecológica, como consequência da informação, tem no estudante Luiz Joanatan Fernandes Ambrozio, 13 anos, um exemplo admirável. Presente no local para conhecer o trabalho de outras escolas e divulgar o que é feito na sua, o aluno da 7ª série do Colégio Estadual Dr. Luiz Rogério Souza, em Plataforma, fala com orgulho dos projetos que sua escola realiza.

Empolgado com a proposta pedagógica da educação ambiental, Luiz Joanatan recitou o poema Evolução, de sua autoria. “Se pararmos agora de destruir o planeta e passarmos a usar novas tecnologias biodegradáveis, ainda há tempo de melhorá-lo. Do contrário, se não reciclarmos ou fizermos reflorestamento, estamos definitivamente perdidos”.

“Estamos vivendo uma revolução cultural de médio e longo prazo que não se resume à uma política de governo e, sim, de estado. É uma tarefa gigantesca e demos hoje um passo muito significativo para construir essa diferença e formular nossos próprios passos em nome do nosso rico patrimônio natural”, declarou o secretário do Meio Ambiente, Juliano Matos.