Mais uma padaria-escola foi inaugurada nesta quinta-feira (25), desta vez no Conjunto Penal de Jequié, por meio de uma parceria entre a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) e as Voluntárias Sociais da Bahia, doadora de todas as máquinas necessárias para fabricação de pães. O Projeto também conta com a parceria da Pastoral Carcerária que ficará responsável por selecionar os internos, treiná-los e supervisioná-los.

Para o secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino, a formação profissional dos internos é uma forma de reintegração à sociedade. Dois armários-estufa, um miniforno turbo gás e uma massadeira permitirão a fabricação de 600 pães por dia. De acordo com o superintendente de Assuntos Penais da SJCDH, Isidoro Orge, toda a produção será destinada para a alimentação dos internos.

Orge lembrou que, além da padaria de Jequié, também já existe projeto semelhante no Conjunto Penal Feminino, cujos equipamentos também foram doados pelas Voluntárias Sociais. Outras duas padarias-escolas devem ser inauguradas no Conjunto Penal de Feira de Santana e na Colônia Penal Lafayete Coutinho.

Hoje, na unidade de Jequié, vários projetos de trabalhos são realizados com os presos. Além da padaria, há uma suinocultura, com 80 porcos e que emprega cinco internos, uma fábrica de blocos, onde trabalham 12, uma fábrica de luvas, com 20, uma fábrica de bolas, que emprega 400 detentos; o plantio de milho e amendoim ocupa outros 10. Há ainda um viveiro de plantação de mudas de árvores frutíferas, exóticas e nativas como pau-brasil, jacarandá e ipê-amarelo. Dos 751 internos da unidade, 442 estão trabalhando.

Todos os internos que realizam atividades na unidade são beneficiados com a remissão de pena, em que, para cada três dias trabalhados, é reduzido um dia da pena. No caso de serem contratados por uma empresa privada, eles recebem mensalmente 75% do valor de um salário mínimo.