Envolver os gestores públicos municipais no processo de formulação de um plano de desenvolvimento para a Bahia até o ano de 2023. Este é o principal objetivo do ciclo de debates ‘Pensar a Bahia – Construindo o nosso futuro’, que o governo estadual, por meio da Secretaria de Planejamento, realizou, nesta quarta-feira (3), no Hotel Fiesta. O evento debateu políticas públicas agrícolas, descentralização industrial e desenvolvimento sustentável.

Para o consultor em Gestão Ambiental, Cláudio Langone, um dos palestrantes, é necessário planejar uma agenda de longo prazo para o estado, combinando desenvolvimento econômico com inclusão social. “Podemos pensar o desenvolvimento da Bahia em outros paradigmas, envolvendo nesta agenda a sustentabilidade ambiental. Estamos numa época de mudanças climáticas, por isso, a Bahia e o Brasil podem organizar esta agenda superando os erros que países desenvolvidos já cometeram”.

A interiorização do desenvolvimento econômico também fez parte do ciclo de palestras. Segundo o secretário Walter Pinheiro, o planejamento para os próximos 13 anos vai envolver diversas ações estratégicas para escoamento da produção agrícola, utilização racional do meio ambiente, modernização tecnológica, capacitação e formação da mão-de-obra. Ele informou que, atualmente, o Estado tem realizado diversas ações para o desenvolvimento econômico e social dos municípios baianos, descentralizando o crescimento econômico de Salvador.

Entre as ações citadas pelo secretário para a melhoria da economia no interior do estado está a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que tem como objetivo facilitar o transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da competitividade dos produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios.

Pinheiro explicou que, devido à política de desenvolvimento com atração de empresas e indústrias para os municípios, foram criados, no estado, aproximadamente 14 mil empregos com carteira assinada, sendo que sete mil estão fora da região metropolitana, concentrando-se em outras cidades baianas. “É uma demonstração clara desta descentralização, levando condições para o desenvolvimento local, com distribuição de renda e geração de emprego”.

Ainda neste mês serão realizados mais dois ciclos de debates sobre desenvolvimento e poder público municipal, cidadania e direitos humanos, e ciências e tecnologia.