O bebê de 11 meses, supostamente picado por uma aranha venenosa, foi transferido, na tarde desta quinta-feira (18), do Hospital Jorge Valente, em Salvador, para o Hospital das Clínicas, em São Paulo. O Governo da Bahia disponibilizou, por meio da Secretaria de Saúde (Sesab), um avião UTI, que decolou por volta das 16h30.

A iniciativa reavivou as esperanças da família em reverter o estado de saúde do bebê, que apresenta quadro grave. O objetivo central da remoção é diagnosticar a doença e reverter a necrose que, após resultar na amputação da perna esquerda da criança, está próxima ao abdômen. “Estou confiante de que, lá, possa haver uma luz para uma possível cura”, declarou a mãe, Jamile Ferreira, momentos antes de embarcar na aeronave. Ela disse ainda que o Instituto Butantã vai trabalhar junto ao hospital, considerado de referência, para dar informações aos pais do que é preciso fazer para recuperar a saúde do filho.

O transporte aeromédico oferece todos os equipamentos de suporte à vida como ventilador e respirador. O bebê viajou acompanhado da mãe, de dois médicos e um enfermeiro. A previsão de chegada à capital paulista é 22h30, diante da necessidade do avião realizar uma parada para abastecer o tanque.

A ação teve investimentos de aproximadamente R$ 25 mil. “Nos prontificamos imediatamente em oferecer uma estrutura completa de atendimento aéreo, praticamente idêntico a uma Unidade de Tratamento Intensivo terrestre, para ajudar na recuperação desta criança, que sensibilizou toda a Bahia”, afirmou a diretora de Regulação da Sesab, Conceição Benigno.

Histórico

O bebê foi supostamente picado por uma aranha da espécie Loxosceles, conhecida como aranha-marrom, no dia 21 de fevereiro deste ano, na cidade de Alagoinhas, a cerca de 100 quilômetros de Salvador. Ante a piora da criança, os pais a internaram, no dia seguinte, no Hospital Jorge Valente, em Salvador.

Como nenhum animal ou inseto foi encontrado na casa do bebê, a busca pela cura foi dificultada, levando a amputação da perna esquerda, no domingo (14), devido à necrose causada pela ferida. Hoje, o menino encontra-se sedado, na maior parte do tempo, para não agravar o ferimento, já próximo ao abdômen.

Publicada às 17h15
Atualizada às 17h45