A Secretaria da Segurança Pública (SSP) trabalha com algumas hipóteses para o desaparecimento de quatro pessoas em Pero Vaz, no dia 4 deste mês. Entre elas está a possibilidades de que os dois corpos encontrados, em Camaçari, na terça-feira (9), sejam os das pessoas desaparecidas. Porém, o estágio de decomposição não possibilitou o reconhecimento.

Por essa razão, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) deu início, na tarde de quarta-feira (10), ao procedimento de reidratação da pele das vítimas. O objetivo é tentar recuperar as digitais. Não havendo resultado será realizado o exame do DNA. 

Os parentes dos desaparecidos em Pero Vaz, presentes ao DPT para acompanhar o reconhecimento dos corpos, foram atendidos por assistentes sociais da instituição, que deram explicações detalhadas sobre os procedimentos adotados e prazos para a obtenção de resultados. O estado de decomposição dos corpos das vítimas também impediu precisar se haviam perfurações de armas de fogo ou qualquer outro tipo de agressão. 

"O Governo do Estado deplora o envolvimento de profissionais da área de segurança com ações criminosas", afirmou o secretário da Segurança Pública, César Nunes. Segundo ele, o confronto envolvendo a polícia em Pero Vaz foi legítimo, mas as investigações serão feitas com isenção. 

"Vamos apurar todos os fatos e, se houve exagero dos policiais, eles serão responsabilizados e conseqüentemente presos, como já foi feito nos episódios de Vitória da Conquista e de Porto Seguro", enfatizou o secretário.
Os policiais convocados para averiguar denúncia feita por moradores de que naquele local do bairro estava acontecendo uma festa com distribuição e uso de drogas e exibição de armas, em via pública, já foram identificados e estão sendo investigados. 

As armas utilizadas por eles foram recolhidas e serão periciadas. As investigações buscam esclarecer se os policiais estão ligados ao seqüestro das quatro pessoas desaparecidas. Além do inquérito da Polícia Civil, a Polícia Militar instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta dos militares envolvidos.