O Conselho Estadual de Cultura recebe a nova presidente da casa nesta quarta-feira (7), às 15h, a coreógrafa Lia Robatto. Assumindo o lugar antes ocupado pelo jornalista e sociólogo Albino Rubim, que deixou o cargo por ter vencido o mandato, a nova presidente foi escolhida por unanimidade pelos conselheiros. “A idéia é continuar o trabalho de Albino, que foi excelente. Não tenho interesse em fazer uma gestão personalizada. A proposta inicial é conseguir aprovação para regulamentar a Lei que institui o Conselho”, afirma Robatto.

O Conselho Estadual de Cultura (CEC) é um órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult) que tem por finalidade contribuir para a formulação da política estadual de cultura. As principais modificações sugeridas são a forma de indicação dos conselheiros e a quantidade de representações. “A nova proposta é que os conselheiros sejam indicados por entidades regulamentadas de cultura, com um total de 40 indicações. Outra nova proposta é poder ter representantes territoriais como conselheiros ou suplentes”, explica a nova presidente.

Dentre as competências do Conselho Estadual de Cultura estão apreciar o Plano Estadual, acompanhar e avaliar a condução de politicas públicas culturais do Estado, propor medidas de estímulo, fomento, amparo, valorização, difusão e democratização da cultura, promover e preservar a diversidade cultural, estimular a discussão de temas relevantes para a Cultura do Estado, além de propor inventário, restauração, proteção, tombamento e registro do patrimônio material e imaterial.

Lia Robatto

Paulistana de nascimento, Lia de Carvalho Robatto é dançarina, coreógrafa e professora, que iniciou seus estudos de dança no Balé Clássico pela Escola Municipal de Balé de São Paulo e pela Academia de Ballet Alina Biernarka. Entre 1952 e 1956 foi aluna da polonesa Yanka Rudzka na Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM) e Museu de Arte de São Paulo. Nesse período foi solista dos trabalhos de Rudzka e tornou sua discípula. Chegou a Salvador em 1957 com proposta de apresentar seus trabalhos coreográficos pelo período de três meses e aqui consolidou sua carreira.

Após integrar o Conjunto de Dança Contemporânea da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (Ufba), formou-se como dançarina pela mesma escola exercendo atividades vinculadas à dança há mais de 40 anos. Lia foi professora das escolas de Dança e de Teatro da Ufba, exercendo atividades acadêmicas, com destaque para criação do Grupo Experimental de Dança na década de 1970. Implantou ainda a Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado (Funceb) e Balé do Teatro Castro Alves.

Implantou também atividades relacionadas à dança em instituições como Escola Parque, Escola Técnica Federal da Bahia, Escola de Arte Integrada, Instituto Casa Via Magia, além de ter sido curadora de Dança do Mercado Cultural entre 1999 e 2004. É autora do livro Dança em processo: a linguagem do indizível (EDUFBA, 1994) e co-autora do livro Passos da Dança – Bahia (Casa de Jorge Amado, 2001).